Apicultura

Apicultura
Produtos da Abelha

terça-feira, novembro 06, 2012

Pólen apícola de coqueiro (BA)


Teores de Sacarose em Amostras de Pólen Apícola Desidratado, Originárias de Coqueiro (Cocus Nucifera L.) Provenientes do Sul da Bahia

Magalhães2, EO; Oliveira1, BS2; Oliveira3, JS
1 Eng. Agrônomo, Mestre em Desenvolvimento e Gestão Ambiental/Ministério da Agricultura e Abastecimento/CEPLAC/CEPEC/Centro Regional de Apicultura do Sul da Bahia. Rod. Ilhéus/Itabuna km 22, Caixa Postal 07, ediney@cepec.gov.br;
2 Centro Regional de Apicultura do Sul da Bahia/CEPLA/CEPEC; Eng.ª Agrônoma, Mestranda em Ciência Animal/UESC, brenabso@gmail.com;
3 Graduanda da Universidade Estadual de Santa Cruz/UESC, jooliveiraa@yahoo.com.br.

Resumo:

O pólen apícola é o resultado da aglutinação do pólen das flores, néctar e substâncias salivares, realizada pelas abelhas operárias (MAPA, 2001). Trata-se de um produto complementar à dieta com efeitos terapêuticos, possui ação antiinflamatória e antioxidante, além de reduzir a ação lesiva dos radicais livres (Kroyer & Hegedus, 2001; Greenberger et al., 2001). O Objetivo do trabalho foi conhecer os teores de sacaroses em amostras de pólen apícola desidratada cuja origem botânica foi plantações de coqueiros. As amostras foram obtidas in natura de produtores de Olivença/BA, Canavieiras/BA, Serra Grande/BA, e levadas ao Centro Regional de Apicultura da CEPLAC, localizado no Rod. Ilhéus/Itabuna km 22, Ilhéus, Bahia; onde foram desidratadas em estufa a 42°C, e em seguida limpas. As analises utilizaram cromatográfo em fase liquida (HPLC) com as seguintes condições cromatográficas: Coluna: Organic acid analysis column - Aminex Ion Exclusion HPX-87H 300x7, 8mm, Vazão : 0,7ml/min, Temp.: 25°C (ambiente), Detetor : IR, Sistema Isocrático. O volume injetado foi de 20 l (loop). O Preparo da mistura padrão foi na concentração de 0,5% p/p. A amostra foi triturada no multiprocessador, em seguida, pesou-se aproximadamente 5g desta em um béquer de 300 ml, adicionou-se a este 200 ml de água destilada. Essa mistura foi pesada e levada ao homogeneizador e centrifugada a 3500 RPM por 10 min a 20°C. Após este processo, foi retirado 4 ml do sobrenadante e colocada em 2 tubos de eppendorf de 2ml e centrifugada novamente a 14000 RPM a 4°C por 10 min., filtrou-se com filtro de 0,45 m e injetou-se 20 l deste no HPLC. Para calcular a concentração de sacarose utilizou-se a seguinte formula: Conc.(%) =Conc.(%) x Fd, onde Conc.(%) = concentração da amostra obtida na curva e Fd = fator de diluição. Foram encontrados os seguintes teores de sacares nas amostras analisadas: pólen de Canavieiras - 3,56 g/g; 2,85g/g; 2,76; 4,18; Olivença - 3,21; Itacaré - 3,86g/g.; apesar de apresentarem a mesma origem botânica (Cocus nucifera L.), existe diferença quantitativa em seus teores, sendo que as amostras de pólen originárias do município de Canavieiras, apresentaram as menores e maiores concentrações de sacarose respectivamente.

O Desaparecimento das Abelhas


O DESAPARECIMENTO DAS ABELHAS, SUAS CAUSAS, CONSEQUÊNCIAS E O RISCO DOS NEONICOTINÓIDES PARA O AGRONEGÓCIO APÍCOLA.

Prof. Dr. Lionel Segui Gonçalves (*)
(*) Aposentado da USP Ribeirão Preto-SP e Prof. Visitante da UFERSA-Mossoró-RN-Brasil ( E-mail: lsgoncal@usp.br)


As abelhas surgiram há mais de 50 milhões de anos como comprovam os fósseis ( ex. Electrapis, em âmbar ) sendo que a importância delas para o homem é constatada na própria história da civilização. Os egípcios e os gregos davam tanta importância a esses insetos que documentos e peças de museus importantes da Europa e Estados Unidos comprovam que 500 a 600 anos antes de Cristo aqueles povos já consideravam as abelhas como " Simbolo do Bem Estar ".

A sociedade matriarcal das abelhas do gênero Apis é tão bem organizada que tem sido utilizada inclusive como modelo pelos grandes lideres mundiais como por exêmplo o Papa Urbano VIII em 1623 e posteriormente o imperador Napoleão Bonaparte em 1804 na França os quais, em seus devidos tempos, colocaram em seus brazões, armas e mantos a figura das abelhas como símbolo de organização social. Com isso pretendiam demonstrar para seus súditos e seguidores o valor que davam para a organização social desses insetos e com isso mostravam suas intenções de usarem a sociedade das abelhas como exemplo a ser seguido pela sociedade humana. No caso da igreja católica isso pode ser facilmente constatado ao se visitar o altar principal do Vaticano em Roma utilizado pelos papas, onde são encontradas nas bases dos quatro pilares centrais do altar e na cúpula várias figuras de abelhas mandadas esculpir pelo Papa Urbano VIII. 


Curiosamente os mórmons também tomaram a sociedade das abelhas como modelo de organização social, tendo inclusive construído em Salt Lake City, no Estado de Utah-USA um templo com o formato de casa de abelhas usando o formato hexagonal dos favos e figuras de abelhas em várias peças e utensílios da comunidade. Portanto, é muito fácil de se constatar em várias culturas e civilizações antigas a importância das abelhas e da apicultura para o homem.
Hoje o agronegócio apícola internacional não trata apenas de negociar mel, pólem, cera, própolis. geléia real mas principalmente a produção de grãos, frutos e hortaliças na agricultura graças ao papel polinizador das abelhas pois, sabemos que 70% dos alimentos de origem vegetal consumidos pelo homem são polinizados pelas abelhas . As atividades apícolas no Brasil foram iniciadas em 1839 quando os colonizadores europeus introduziram as abelhas européias do gênero Apis, principalmente para a produção de vela de cera para fins religiosos.A atividade de apicultura foi mantida insipiente por mais de cem anos no país, sendo explorada principalmente nos estados sulinos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina devido a influência dos colonizadores alemães. 


Até a década de 50 a produção nacional de mel não ultrapassava as 5 mil toneladas de mel por ano , sendo que, com o intuito de aumentar essa produção, em 1956 foram introduzidas no país as abelhas africanas Apis mellifera scutellata (Gonçalves, 1974, 2004). De 1956 a 2012 houve uma grande mudança na apicultura brasileira devido a africanização das abelhas resultante do cruzamento das abelhas africanas (scutellata) com as abelhas europeias (ligustica, carnica e mellifera) introduzidas anteriormente no país. Devido a dominância da raça africana hoje existe em todo o Brasil apenas o poli-híbrido conhecido como abelha africanizada (ou AHB=Africanized Honey Bee) (Gonçalves, 1974, 2004). Após a introdução das abelhas africanas houve um período caótico entre 1960 e 1970, devido ao desconhecimento das técnicas de manejo da nova abelha e quando houve muito abandono das atividades apícolas. No entanto, a partir da década de 70, que coincide com a criação da Confederação Brasileira de Apicultura e com a realização do 1º.Congresso Brasileiro de Apicultura em 1970, a apicultura brasileira passou a se organizar em todos os níveis; 


Hoje percebe-se que o desenvolvimento da apicultura vem sendo muito grande em todo o território nacional, sendo que a produção nacional anual de mel já começa a ultrapassar as 50 mil toneladas, com produção em todas as regiões do país. Por exemplo, o nordeste brasileiro, que era totalmente desconhecido como região produtora de mel, hoje é responsável por aproximadamente 30% da produção nacional (Gonçalves, 2004). Portanto, após a introdução das abelhas africanas as atividades apícolas no país passaram a ser mais atrativas e hoje representa uma importante atividade no agronegócio brasileiro. No entanto, nos últimos cinco anos vem ocorrendo nos Estados Unidos, em vários países europeus e também em alguns países da América do Sul, inclusive no Brasil, um fenômeno conhecido como o "Colapso do desaparecimento das abelhas " ( Colony Collapse Disorder ou CCD ), considerado hoje o maior problema atual da apicultura mundial e da agricultura face as dificuldades que o CCD já vem cauando aos agricultores pela falta de abelhas para a polinização. É um fato muito preocupante e que já esta causando sérios prejuizos econômicos em vários países. O principal sintoma da CCD é o desaparecimento repentino das abelhas, resultando em pequenos enxames com ou sem rainha, sem acúmulo de abelhas mortas dentro ou na frente das colmeias e sem evidencia de saques ou ataques de traça ou pragas. As primeiras notícias sobre a CCD ocorreram entre 2006 e 2009 nos Estados Unidos e na Europa. 


Esse desaparecimento significativo das abelhas Apis mellifera em vários países tem preocupado as autoridades e cientistas do mundo inteiro, sendo ultimamente um tema muito explorado pela mídia internacional. A milenar exploração da apicutura pelo homem é tradicional pelos benefícios que ela proporciona tanto aos seres humanos na produção de alimentos como para a natureza, graças principalmente a capacidade de polinização realizada pelas abelhas. Sua contribuição na reprodução das plantas e, consequentemente, para o aumento das áreas verdes na face da terra garante o oxigênio necessário para a nossa sobrevivência e dos animais em geral. Por essa razão o premio Nobel da física, Albert Einstein profetizou em seu tempo que, se as abelhas desaparecessem da face da terra pouco depois os homens também sucumbiriam. Infelizmente tal profecia corre um alto risco de se concretizar face ao atual fenômeno do desaparecimento ou colapso das abelhas Este fenômeno vem sendo observado atualmente principalmente nos Estados Unidos, alguns países da Europa e alguns países da América do Sul, inclusive no Brasil.( Engelsdorp et all. 2008, Pettis 2011, Ratia 2008). O primeiro caso registrado nos Estados Unidos foi em Outubro de 2006 no Estado da Florida. 


Segundo van Engelsdorp et al.(2008) os Estados Unidos perderam somente entre 2007 e 2008 aproximadamente um milhão de colônias de abelhas Apis .mellifera, tendo sido registradas perdas em 21 estados americanos com frequências que oscilaram entre 19% e 52%, estando sua agricultura já com sérios prejuízos devido a falta de polinizadores. Estes percentuais de perdas são considerados muito altos e alarmantes, principalmente tendo em vista o fato de que não há até agora uma previsão para seu controle. Na Europa o número de colônias de Apis mellifera decaiu de 21 milhões na década de 80 para 15,5 milhões de colônias em 2010 (Potts et al. 2010). A diminuição do número de colônias impactaram negativamente.tanto as atividades apícolas como do agro-negócio tanto nos Estados Unidos como em vários países da Europa, sendo notória a crise do setor apícola em muitos países. Infelizmente as causas desse desaparecimento são ainda motivos de discussão em congressos, principalmente da Federação Internacional dos apicultores, a Apimondia, instituição internacional que congrega atualmente mais de 110 países e que, em setembro de 2011, realizou seu último congresso internacional em Buenos Aires-Argentina. Naquela ocasião houve uma mesa redonda e várias conferências sobre o tema CCD, porém infelizmente sem ter tido nenhum sinal de controle da situação. 


Embora haja uma grande polêmica no assunto sobre a causa principal do desaparecimento das abelhas, vários são os fatores apontados como causadores desse fenômeno. Segundo Ratia (2008) as causas mais citadas para o desaparecimento das abelhas até o momento são: o ácaro Varroa destructor, o fungo Nosema ceranae, stress causado pelo transporte a largas distâncias, ausência de pólem, vários tipos de vírus e pesticidas. Com bastante destaque nos últimos anos vem aparecendo os pesticidas agrotóxicos do grupo dos neonicotinoides (FIPRONIL conhecido comercialmente como Regente, da Basf ,o IMIDOCLOPRID conhecido como Gaucho ou Confidor, da Bayer , o CLOTHIANIDINE conhecido como Poncho, da Bayer e o THI0METHOXAM conhecido como Cruiser da Singenta ). Esses pesticidas neonicotinoides são altamente tóxicos para as abelhas. Eles apresentam atividades enzimáticas que atuam fisiologicamente no olfato e na memória das abelhas, bem como no comportamento de vôo das mesmas, em especial nas atividades de orientação e navegação, dificultando a localização de suas colônias após as atividades de forrageamento, o que em parte explica o desaparecimento das abelhas sem deixar vestígios de morte. 


Um dos primeiros trabalhos científicos publicados sobre o efeito sub-letal dos pesticidas neonicotinoides no sistema nervoso das abelhas e que causam problemas na memória e na orientação de navegação delas foi apresentado em 2007 por um grupo de pesquisadores no Departamento de Entomologia da Universidade de Minnessota, nos Estados Unidos (Desneux, Dercourtye & Delpuech, 2007). Por outro lado, além do problema do desaparecimento das abelhas , segundo Aizen & Harder (2009) o estoque de abelhas Apis mellifera esta crescendo de modo mais lento que as demandas para a polinização, sendo este também um fator muito preocupante para a agricultura. Dados obtidos por Potts et all (2010) indicam que em 18 países da Europa vem ocorrendo um declínio consistente no número de colônias de abelhas, embora esses números devam ser analisados com cuidado devido a falta de informações mais conclusivas sobre as causas desse declínio das populações. A divulgação do fenômeno do desaparecimento das abelhas e, consequente declínio do número de colônias de abelhas, do efeito drástico dos neonicotinoides no comportamento de vôo ou navegação das abelhas e de suas consequências prejudicando a polinização das plantas causou um forte impacto na midia internacional, tornando ainda mais evidente a importância das abelhas para o homem. Este alerta no leva a refletir sobre a necessidade de termos que agir rapidamente no sentido de proteger as abelhas e evitar a concretização da profecia de Einstein. Face a seriedade do problema da falta de abelhas para a polinização, o que provoca a redução da produção agrícola dos USA, esse fato motivou recentemente os políticos do Senado americano a oferecer uma importante soma de recursos aos cientistas americanos para analisar o fenômeno em busca de soluções, exemplo que deveria ser seguido por outros países. 


Infelizmente o fenômeno do desaparecimento das abelhas já vem se observando em muitos países que exploram a apicultura. Em 2010 e 2011 vários relatos sobre perdas de abelhas foram registradas nos Estados Unidos, Europa e América do Sul (Carreck, , 2011, Kristiansen, 2011,Oldroyd, 2007 , Potts et all. 2010). No Brasil , segundo o pesquisador Dr. Osmar Malaspina (informação pessoal), o primeiro caso de desaparecimento ocorreu em 2008 em Brotas, no Estado de São Paulo, porém já existem vários casos pontuais de desaparecimento de abelhas detectados recentemente (2011 e 2012) nos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul , Minas Gerais (zona da mata) e Estado de São Paulo (em Altinópolis nos apiários do Dr. Dejair Message , informação pessoal ), cujas perdas são atribuídas a fatores climáticos, falta de alimento, doenças devido a diversos patógenos como bactérias, fungos, vírus, etc. e alguns casos vinculados ao uso de agrotóxicos na agricultura, porém todos ainda sem um diagnóstico preciso. Alguns casos mais recentes constatamos em Abril de 2012 em Florianópolis-SC , conforme relato do Presidente da FAASC, durante um Simpósio Nacional sobre Sanidade Apícola e no qual vários apicultores também registraram perdas de 50% a 90% de suas colônias no momento de realizarem trabalhos de polinização, com sérios prejuízos econômicos. 


Os apicultores informaram que poucos meses antes de levarem suas colônias para o campo de polinização e, em alguns casos poucos dias antes , as colônias de abelhas estavam bem populosas mas, no momento do transporte, detectaram altas perdas ou colmeias totalmente vazias, sem a aparência de saques ou de causas aparentes. Como resultado dessa reunião foram feitas várias recomendações aos Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente no sentido de serem destinados recursos urgentes para se detectar as causas desses desaparecimentos que já estão causando sérios prejuízos para a apicultura brasileira. Embora vários países já tenham comprovado o desaparecimento das abelhas devido ao uso de agrotóxicos na agricultura este assunto é ainda bastante polêmico uma vez que há também outros agentes patogênicos (bactérias, fungos, virus, ácaros etc.) que de maneira isolada ou por efeito sinergístico tem causado também a morte das abelhas (Pettis .2011 ). Recentemente a Federação dos apicultores da Alemanha processou a Bayer, empresa fabricante de pesticidas neonicotinóides como o IMIDACLOPRID e o CLOTHIANIDINE, como sendo responsável pelo desaparecimento das abelhas no Estado de Baden-Wurtenberg. Em janeiro de 2012 o Governo alemão proibiu temporariamente o uso de oito pesticidas neonicotinoides fabricados pela empresa alemã Bayer .(Informação prestada pela EcoDebate/Ecoagencia em 22.01.2012). Anteriormente e com base em informações do efeito prejudicial dos neonicotinóides para as abelhas vários países europeus como a França, Italia e a Eslovenia já haviam proibido a entrada no país de alguns agrotóxicos neonicotinóides. 


Portanto, o fenômeno do desaparecimento das abelhas Apis mellifera representa um alto risco para a apicultura mundial e, consequentemente, para o agronegócio apícola pois, toda a produção agrícola mundial relacionada a grãos e frutos depende de polinização e, como as abelhas se constituem num dos mais importantes polinizadores (Imperatriz-Fonseca et all.2007), cabe aos cientistas a descoberta urgente das causas desse desaparecimento e aos apicultores a responsabilidade pelo cuidado e proteção das abelhas. No entanto, esses produtos neonicotinóides, por serem eficientes para o combate de várias pragas da agricultura, embora altamente tóxicos para as abelhas, ainda são produzidos, distribuidos e usados amplamente em muitos países, inclusive no Brasil. Já existem vários indícios de que os neonicotinóides usados amplamente no Brasil são os principais causadores do desaparecimento das abelhas, porém devido a falta de pesquisas específicas para comprovar as causas das perdas já registradas e também devido a falta de denuncias públicas por parte dos apicultores, associações ,federações e da própria CBA junto às autoridades sanitárias do país, o problema continua e tende a se agravar por falta de atenção de nossas autoridades. Torna-se extremamente importante a comprovação do efeito prejudicial dos neonicotionóides também em nosso país para reforçar a proibição da produção, entrada ou aplicação desses produtos no país. O mundo todo esta reagindo ao uso indiscriminado desses inseticidas tóxicos causadores do desaparecimento das abelhas cuja redução de população já está afetando drasticamente o agronegócio apícola devido a falta de polinizadores para plantações de amêndoa, cerejas, maça etc. Para reduzir a perda de abelhas muitos paiíses já estão banindo de seus países esses produtos neonicotinóides. 


Apesar de já termos registros de vários casos pontuais de CCD no Brasil, fato que nos preocupa, a apicultura em nosso país vem progredindo muito em praticamente todos os estados da Federação. É importante ser destacada a grande conquista da CBA nos últimos anos que foi a sua participação oficial na Câmara Setorial da cadeia produtiva do mel e produtos apícolas junto ao MAPA-Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Temos conhecimento que o potencial apícola brasileiro é imenso graças as abelhas africanizadas que são resistentes a doenças e altamente produtivas e que a grande área territorial disponível e clima são propícios à apicultura; No entanto, o risco de aumentar os casos de CCD em nosso país é altíssimo e precisamos agir com urgência. Caso consigamos contornar o problema do CCD nosso país tem potencial para se tornar um dos mais importantes fornecedores mundiais de produtos apícolas e em especial do mel orgânico e própolis vermelho, produtos altamente procurados pelo mercado internacional. Portanto, como já temos um canal de comunicação direto com o MAPA o Brasil não pode se omitir na campanha de proteção das abelhas e da apicultura lançado pelo Presidente da Apimondia, Dr. Gilles Ratia, no Congresso Internacional de Apicultura da APIMONDIA em Montpellier na França, em 2009 e, também em 2010, no Brasil, durante o Congresso Iberolatinoamericano de Apicultura em Natal; 


É de fundamental importância que os agrotóxicos neonicotinoides sejam banidos de todos os países onde se explora a apicultura, inclusive do Brasil. Consideramos importante também ser lembrado que a CAMPANHA DE PROTEÇÃO DAS ABELHAS lançada pelo Presidente Gilles Ratia não se refere apenas à sobrevivência mundial da apicultura ou do agronegócio apícola e sim da vida dos elementos principais que garantem sua existência, as abelhas . No entanto, os dados aqui apresentados no 19º. Congresso Brasileiro de Apicultura sobre as estatísticas recentes de ocorrências de desaparecimento das abelhas nos Estados Unidos, Europa e América do Sul, inclusive os dados recentes de 2011 e 2012 registrados nos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina no Brasil já são mais do que suficientes para constatarmos que o desaparecimento das abelhas infelizmente já é uma realidade. Assim, face aos fatos aqui relatados e com base na profecia do Premio Nobel Albert Einstein em seu tempo de que, após o desaparecimento das abelhas da face da terra ocorreria o desaparecimento do homem, cabe então uma REFLEXÃO Se não fizermos nada em prol da proteção das abelhas e do meio ambiente, combatendo seriamente os pesticidas neonicotinóides altamente tóxicos no sentido de interromper o desaparecimento das abelhas, a profecia de Einstein poderá se concretizar, porém antes teremos que iniciar urgentemente a CAMPANHA PARA A NOSSA PRÓPRIA SOBREVIVENCIA.

BIBLIOGRAFIA

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Qualidade do Mel


QUALIDADE DO MEL
Artigo publicado na revista Abeille de France, 866, janeiro 2001, referente a conferência do Monsenhor Paul Schweitzer, diretor do Laboratório de Análises e de Ecologia Apícola, proferida na Jornada da Abelha, que aconteceu em Sombernon, França que, embora trate de assuntos pertinentes à apicultura francesa, nos fornece importantes informações no que diz respeito à qualidade do Mel.  Traduzido pelo nosso associado João Sobenko.
    A prática da apicultura está muito ligada ao meio natural, do meio ambiente, às culturas, aos tratamentos. Todos esses elementos influem na qualidade do mel. Com a globalização da economia, aparecem no mercado quantidades de méis estrangeiros nem sempre de muita boa qualidade. A tendência atual está na diversificação das produções e nas denominações: méis “todas flores”, da primavera, do verão, silvestre etc. Denominações monoflorais ( acácia, colza etc.) geográficas, topográficas ( montanha, floresta). Com os diferentes negócios da agro-indústria, os controles da qualidade dos produtos de consumo serão cada vez mais freqüentes e  cada vez mais sofisticados. Devemos estar atentos à nossa produção e só oferecer produtos de qualidade. A produção começa nas colmeias ( atenção com os produtos usados, fumaça etc.), prossegue na extração e no acondicionamento. Todos os elementos da corrente intervêm na qualidade do produto. A produção de Mel passa igualmente pela criação de marcas e denominações.

LEMBRANDO A DEFINIÇÃO DE MEL
    Mercadoria alimentar produzida pelas abelhas melíferas a partir do néctar das flores ou de secreções das plantas que elas recolhem e transformam com matérias específicas próprias e que elas armazenam nos favos da colmeia.
    A abelha tendo um apetite natural pelos produtos açucarados, acontece às vezes que ela recolhe ou armazena produtos que não correspondem exatamente à definição: por exemplo frutas, sucos... Esses produtos não têm direito a denominação “Mel”.

CRITÉRIOS DE QUALIDADE
    O teor de água condiciona a qualidade inicial. A legislação admite um teor máximo de 21%: é uma porcentagem muito alta. Um mel de qualidade não deve ultrapassar 18%. Quanto mais alto é esse numero, maior é o risco de fermentação. A quantidade de leveduras presentes no mel é igualmente um elemento determinante:
    --inferior a 17,1% de umidade: qualquer que seja seu número, as leveduras não podem se multiplicar, a pressão osmótica é importantíssima, o mel portanto não pode fermentar.
    --de 17,1 a 18,0%: não haverá fermentação se o número de leveduras for inferior a 1000 por grama. Se superior = fermentação. Teores importantes em leveduras no mel podem receber contaminações pelos apicultores, material não muito limpo. O mel higroscópico absorve água e as leveduras se multiplicam maciçamente e contaminam as colheitas futuras.
    --de 18,1 a 19,0% não haverá fermentação se o número de leveduras for inferior a 10.
    -- de 19,1 a 20,0% não haverá fermentação se o número de leveduras for inferior a 1.
    -- acima de 20%: risco de fermentação em todos os casos.

PRIMEIRA COISA:
    --Colher mel maduro. É absolutamente errado pensar que um mel operculado tem sempre menos de 18,0%. Se o apiário estiver implantado num setor onde, a umidade relativa é superior a 60%, as abelhas não poderão retirar a umidade do mel para baixo de 18,3%. Numa atmosfera úmida, apesar da ventilação das abelhas, o teor em água não poderá diminuir e, após uma luta cansativa, as abelhas acabam por opercular o mel com, as vezes, superior a 18,0% de umidade.

NO MOMENTO DA EXTRAÇÃO HÁ UMA FASE CRÍTICA.
    A centrifuga pulveriza o mel em micro partículas. Estas oferecem uma grande superfície em relação ao volume. Deste modo elas se impregnam de água de maneira muito significativa em função da umidade relativa do local da extração. Elas podem assim aumentar o teor em água do mel maduro. O ideal é pois, extrair num local equipado de um desumidificador. Um hidrômetro permitirá medir a umidade relativa, isto é, a porcentagem  da umidade contida no ar em relação ao máximo que ele pode conter à uma dada temperatura.

O SEGUNDO PONTO IMPORTANTE: A DEGRADAÇÃO PELO VAPOR.
    Todos os apicultores ou profissionais que utilizam circuitos de calor, estão advertidos. A estocagem do mel em atmosfera quente(atrás de um vidro ensolarado) produz os mesmos efeitos. O mel é um produto que é ruim de envelhecimento; nenhum mel melhoram com a idade. É uma solução química complexa de numerosos açucares, de água, de elementos minerais, orgânicos, que vão lhe fornecer um sabor e um aroma peculiar. O mel “produto vivo” ilustra bem o fato que ele continua se modificando uma vez extraído. O envelhecimento tem conseqüências sobre o aroma, gosto, a cor, torna-se cada vez mais escura, modificações químicas intervêm. O mais comum é a aparição do HMF ou Hidroximetilfufurol. É um derivado químico de açucares. Não é nocivo ao Homem. Quando se faz caramelo um dos primeiros intermediários de desidratação é justamente o HMF. O caramelo o contém em quantidades enormes. Esta substância natural é produzida espontaneamente no envelhecimento do mel. A reação é acelerada pelo aquecimento. A medida da taxa do HMF pode ser considerada como um índice de envelhecimento. Na União Européia, o teor máximo é de 40mg/kg. Acima o mel não poderá ser comercializado a não ser como mel industrial. Os méis ácidos são mais sensíveis à produção do HMF: um mel com um PH de 3,5 a 4,0 o produz rapidamente. Os méis de melato (pinheiro, castanheiro) o produz menos rápido. O aquecimento do mel tem igualmente uma ação sobre as enzimas presentes nos méis. Sua atividade diminui com o aumento da temperatura. Mais a tempertura é elevada, mais elas se degradam rapidamente.

A CRISTALIZAÇÃO
    Grosseiramente o mel é um composto de 17% de água e 80% de açucares dos quais os dois principais são a glicose e a frutose. Uma solução de frutose (açucar de frutas) é mais estável do que uma solução de glicose. Não terá tendência a se cristalizar. O mel da Acácia mantém-se líquido porque tem muita frutose, Inversamente uma solução de glicose é instável. A glicose se associa à água e a cristalização se produz. O mel de colza, muito rico em glicose cristaliza rapidamente. Certos méis, não muito ricos em glicose nem em frutose cristalizam lentamente com cristais grandes. Segundo o caso, (análises podem ser úteis) poderá se ter interesse em conservá-los líquidos por um aquecimento moderado ou desmancha-los em cristais finos para controlar a cristalização.

A FERMENTAÇÃO DOS MÉIS
    A umidade e a levedura são as causas disso. A pasteurização destrói as leveduras mas com o aquecimento o mel poderá ter conseqüências muito nefastas. Certos méis, como de colza na Europa, cristalizam tão rapidamente que de um lado eles armazenam impurezas e de outro lado deixam de ser homogêneos na escala molecular. O que explica a quebra da sua estrutura após alguns meses(eles tornam-se macios). Mesmo se o seu teor médio de umidade seja de 18%, na escala molecular, podem existir desigualdades com as micros amostras difusas na fermentação(a umidade é mal distribuída na massa). No início essas anormalidades passam muitas vezes desapercebidas. Um degustador atendo nota logo essas pequeninas fermentações, geralmente aceitas como normais pelos neófitos. Neste estado, a análise põe logo em evidência um teor em glicerol acima do normal.

O CUIDADO REFERENTE À EXTRAÇÃO E AO ACONDICIONAMENTO.
    É absolutamente necessário usar somente material próprio para alimentos, ter locais próprios, laváveis, sem esconderijos que podem ser refúgio de bactérias e leveduras. O material sempre ser limpo, lavados e desinfetados após cada utilização. A acidez do mel pode atacar certos metais com produção de  ions metálicos que serão encontrados no mel. Assim certos méis importados contém grandes quantidades de ions de ferro. Adoçando-se o chá com tais méis, o chá torna-se escuro, em poucos minutos, os taninos do chá reagem com os ions metálicos para formar um precipitado preto. Notemos que alguns méis são muito ácidos. A acidez não difere muito de certos vinagres, sendo ela pouco percebida em razão da grande quantidade de açucares no mel.
    A temperatura ideal de estocagem é de 14o C. A durabilidade ótima da utilização é de mais ou menos 2 anos. Já houve casos em que certos méis pouco ácidos e estocados em ambiente fresco a ao abrigo da luz não apresentaram alterações até em 10 anos.

A CONTAMINAÇÃO DE MÉIS POR AGENTES EXTERIORES.
    Os laboratórios de análises buscam nos méis os resíduos de tratamento contra as Varroas e os antibióticos em conseqüência aos tratamentos sistemáticos contra as Loques. Esta situação é preocupante. A presença de antibióticos nos méis ou em qualquer outro produto do agro-alimentar possui conseqüências nefastas múltiplas: de uma parte isso gera inevitavelmente fenômenos de resistência nas patologias apícolas não só nas abelhas, mas também nas doenças humanas( sem falar de outras conseqüências como o desenvolvimento de alergias), os antibióticos são os mesmos( ou da mesma família) como os que são utilizados para os humanos. Tratando-se do mel, o laboratório do CETAM espera, se lhe forem dados os meios, poder o mais rápido possível efetuar esses controles. Quanto à erradicação da Loque, ela passa antes por uma grande disciplina. Uma ação combinada por todos os apicultores com todas as parcerias sindicais devem dar lugar, devem se sobrepor aos egoísmos que, não tomam conta do interesse coletivo. Os medicamentos, sejam eles quais forem, devem ser sempre utilizados de um modo inteligente e controlado para não criar princípios resistentes contra os quais será impossível agir. Nunca esquecer que as doses subletais criam sempre hábitos.


MEL: Um doce remédio

As propriedades terapêuticas do mel são bastante conhecidas quando se trata de resfriados, dores de garganta ou seu uso como um adoçante natural, substituto do açúcar... Mas as propriedades terapêuticas desse alimento tão rico são várias, e uma em especial pode ajudar muito aos atletas, em especial os ciclistas... Trata-se do seu efeito na cicatrização de queimaduras, feridas, e por que não, “ralados”...

As substâncias contendo açúcar, como mel e derivados da cana-de-açúcar, vêm sendo utilizadas há vários anos no tratamento de lesões de pele, com excelentes resultados clínicos.

Desde a antiguidade, o mel é utilizado nas mais variadas formas de aplicação e tratamento, mas de maneira empírica, sem comprovação científica. Agora, as pesquisas que comprovam sua eficácia são inúmeras. Isso representa um grande avanço para a medicina, pois o mel possui características que são valiosas e únicas, e o melhor de tudo – é um produto natural, benéfico para a saúde, de fácil aquisição e baixo custo.

A utilização dos produtos das abelhas com fins terapêuticos é denominada APITERAPIA. Países como a Alemanha já a adotaram como prática oficial na sua rede pública de saúde, e em alguns hospitais de Cuba, o mel é despejado diretamente nas feridas e escaras dos enfermos, sendo obtidos resultados surpreendentes.

Sua atividade antimicrobiana talvez seja seu efeito medicinal mais ativo, e isso é conseguido através de sua complexa composição. Outros efeitos incluem suas propriedades antissépticas, antibacterianas, como também sua ação fungicida, cicatrizante e promotora da epitelização das extremidades de feridas, sendo todas comprovadas cientificamente.

No caso dos “ralados” dos bikers, ele ajuda tanto na proteção contra infecções, como na cicatrização, favorecendo a formação de tecido novo no local machucado.

Em casos de feridas graves, este não deve substituir medicamentos sem a aprovação de seu médico, mas nos casos daqueles “tombinhos” que literalmente deixam marcas, o mel é uma ótima pedida! Ah, e muito importante, o mel deve ser um produto de qualidade!

Postado por: Guiné em 20/08/2008

O poder do Mel

O PODER DO MEL
O que é, suas propriedades e como comprar

Estamos iniciando uma série de artigos sobre um poderoso alimento, o mel. Serão textos com informações sobre as propriedades terapêuticas e medicinais do produto como alimento, além do importante papel que ele tem na cosmetologia. Falaremos também de outros alimentos relacionados à apiterapia ? o pólen, a geléia real, a própolis e a cera de abelhas ? que também têm papel importante nas medicinas tradicionais. Neste primeiro artigo falamos sobre sua origem, como é produzido, suas propriedades nutricionais e medicamentosas, seus ingredientes e dicas para comprar um mel de boa qualidade.

O consumo de mel acompanha a história do homem desde os primórdios, as referências a ele nas escrituras de diversas culturas são inúmeras. Na Espanha há uma caverna onde foi encontrada uma pintura de uma figura humana tirando mel de uma colméia que tem idade estimada em 15 mil anos.

É produzido pelas abelhas melíferas a partir do néctar das flores e de outras matérias açucaradas que recolhem das plantas. As abelhas as transformam, enriquecem e depositam nas células dos favos de cera. Cada variedade de mel tem suas propriedades específicas destacadas de acordo com as espécies botânicas das floradas. A composição, o aspecto, o sabor e a coloração variam de acordo com as flores que provêm, de sua origem e da região. Das 20 mil espécies de abelhas conhecidas, apenas quatro produzem mel, são os únicos insetos capazes de produzir alimento para o consumo humano. A mais conhecida das abelhas é a apis melífera, que tem ferrão e é originária da Europa e Ásia. É criada em larga escala para produção de mel. As espécies nativas do Brasil e dos demais países das Américas não possuem ferrão.

"O mel é fonte de vida.
Em seu processo de produção está interligada
toda riqueza da terra, que através do néctar
reflexa as radiações do sol, os efeitos do ar e
chuva que estão em contato com as flores."


Seu valor é reverenciado em todas as culturas, é respeitado e considerado como um dos melhores e mais versáteis alimentos que se conhece. Riquíssimo em nutrientes, é indicado na dieta diária de todas as pessoas, com exceção dos diabéticos.

É reconhecido pelas propriedades antimicrobianas e pela eficácia no combate de enfermidades do aparelho respiratório. Também pela eficácia contra as infecções e pela ação descongestionante das mucosas da garganta. É energético por conter açúcares simples, que são assimilados rapidamente pelo organismo, contribuindo com a manutenção do esqueleto com o cálcio e a regeneração do sangue com o ferro.

Contém propriedades antibióticas e cicatrizantes, sendo muito usado em queimaduras e feridas. Possui atividade antianêmica, proporcionando aumento de hemoglobinas no sangue. Facilita as funções digestivas e respiratórias e tem propriedades diuréticas e sedativas.

No mel há mais de 150 elementos diferentes. Alguns deles são: protídeos, lipídeos, sais, fósforo, ferro, potássio, cálcio e vitaminas variadas. É rico em açúcares, minerais e enzimas (proteínas que atuam em processos vitais). Seu valor energético e sua fácil digestão e assimilação são vitais para a atividade física e mental.

Naturalmente o mel tende a cristalizar, adquirindo uma consistência dura. Todo mel puro cristaliza com o tempo e mais rapidamente em baixas temperaturas. Cristalizado varia na cor, no paladar e na consistência, porém, tais alterações acontecem somente na forma do mel, pois suas propriedades nutritivas e medicinais são preservadas. Para retomá-lo à forma líquida original basta deixá-lo por algum tempo em banho-maria.

Na grandes indústrias de mel é utilizado o processo de pasteurização do mel para mantê-lo sempre líquido nas prateleiras dos supermercados. Entretanto, a pasteurização faz com que o mel perca grande parte de suas propriedades e se transforme em um produto que funciona apenas como adoçante. O mais recomendado é comprar o mel diretamente das cooperativas produtoras ou dos apicultores que engarrafam o produto.

Uma dica para quem mora no Rio de Janeiro: há uma loja que testa e certifica a pureza de todos os produtores e marcas de mel que vende. É possível encontrar mel de várias floradas e ainda experimentar os mais variados tipos antes de comprar. Também é possível comprar (e provar) própolis, cera, pólem e geléia real.

Coapimel ? Cooperativa Apícola do Rio de Janeiro
Cobal do Humaitá, rua Voluntários da Pátria, 448, Botafogo, Rio de Janeiro/RJ
Tel.: (21)2535-6812

Fonte: Blog Zen People

Falso Hidromel sabor limão


HIDROMEL de Limão (falso)
Ingredientes:
- 1 litro de chá mate
- 1 limão grande
- 1/2 copo de mel
Modo de fazer:
    Enquanto o chá estiver quente, adicionar algumas lascas de limão.
    Deixar esfriar e coar.
    Adicionar o mel e o suco de limão.
    Colocar gelo à vontade. É saudável e mata a sede.

Abelha coletando pólen

Abelha coletando pólen

Fábrica de Esportes - Praia Grande - SP

Fábrica de Esportes - Praia Grande - SP
Duelo Odair x Adriano x Cléber x Kinoshita

Doce Favo Meu...

Doce Favo Meu...
Quadro de Ninho com Favo

Carro de Rally em Taboão da Serra - SP

Carro de Rally em Taboão da Serra - SP
Joe, antes do Super Challenger , Junho 2010

Abelha Rainha

Abelha Rainha
Rainha ao centro