Apicultura

Apicultura
Produtos da Abelha

terça-feira, novembro 06, 2012

Pólen apícola de coqueiro (BA)


Teores de Sacarose em Amostras de Pólen Apícola Desidratado, Originárias de Coqueiro (Cocus Nucifera L.) Provenientes do Sul da Bahia

Magalhães2, EO; Oliveira1, BS2; Oliveira3, JS
1 Eng. Agrônomo, Mestre em Desenvolvimento e Gestão Ambiental/Ministério da Agricultura e Abastecimento/CEPLAC/CEPEC/Centro Regional de Apicultura do Sul da Bahia. Rod. Ilhéus/Itabuna km 22, Caixa Postal 07, ediney@cepec.gov.br;
2 Centro Regional de Apicultura do Sul da Bahia/CEPLA/CEPEC; Eng.ª Agrônoma, Mestranda em Ciência Animal/UESC, brenabso@gmail.com;
3 Graduanda da Universidade Estadual de Santa Cruz/UESC, jooliveiraa@yahoo.com.br.

Resumo:

O pólen apícola é o resultado da aglutinação do pólen das flores, néctar e substâncias salivares, realizada pelas abelhas operárias (MAPA, 2001). Trata-se de um produto complementar à dieta com efeitos terapêuticos, possui ação antiinflamatória e antioxidante, além de reduzir a ação lesiva dos radicais livres (Kroyer & Hegedus, 2001; Greenberger et al., 2001). O Objetivo do trabalho foi conhecer os teores de sacaroses em amostras de pólen apícola desidratada cuja origem botânica foi plantações de coqueiros. As amostras foram obtidas in natura de produtores de Olivença/BA, Canavieiras/BA, Serra Grande/BA, e levadas ao Centro Regional de Apicultura da CEPLAC, localizado no Rod. Ilhéus/Itabuna km 22, Ilhéus, Bahia; onde foram desidratadas em estufa a 42°C, e em seguida limpas. As analises utilizaram cromatográfo em fase liquida (HPLC) com as seguintes condições cromatográficas: Coluna: Organic acid analysis column - Aminex Ion Exclusion HPX-87H 300x7, 8mm, Vazão : 0,7ml/min, Temp.: 25°C (ambiente), Detetor : IR, Sistema Isocrático. O volume injetado foi de 20 l (loop). O Preparo da mistura padrão foi na concentração de 0,5% p/p. A amostra foi triturada no multiprocessador, em seguida, pesou-se aproximadamente 5g desta em um béquer de 300 ml, adicionou-se a este 200 ml de água destilada. Essa mistura foi pesada e levada ao homogeneizador e centrifugada a 3500 RPM por 10 min a 20°C. Após este processo, foi retirado 4 ml do sobrenadante e colocada em 2 tubos de eppendorf de 2ml e centrifugada novamente a 14000 RPM a 4°C por 10 min., filtrou-se com filtro de 0,45 m e injetou-se 20 l deste no HPLC. Para calcular a concentração de sacarose utilizou-se a seguinte formula: Conc.(%) =Conc.(%) x Fd, onde Conc.(%) = concentração da amostra obtida na curva e Fd = fator de diluição. Foram encontrados os seguintes teores de sacares nas amostras analisadas: pólen de Canavieiras - 3,56 g/g; 2,85g/g; 2,76; 4,18; Olivença - 3,21; Itacaré - 3,86g/g.; apesar de apresentarem a mesma origem botânica (Cocus nucifera L.), existe diferença quantitativa em seus teores, sendo que as amostras de pólen originárias do município de Canavieiras, apresentaram as menores e maiores concentrações de sacarose respectivamente.

O Desaparecimento das Abelhas


O DESAPARECIMENTO DAS ABELHAS, SUAS CAUSAS, CONSEQUÊNCIAS E O RISCO DOS NEONICOTINÓIDES PARA O AGRONEGÓCIO APÍCOLA.

Prof. Dr. Lionel Segui Gonçalves (*)
(*) Aposentado da USP Ribeirão Preto-SP e Prof. Visitante da UFERSA-Mossoró-RN-Brasil ( E-mail: lsgoncal@usp.br)


As abelhas surgiram há mais de 50 milhões de anos como comprovam os fósseis ( ex. Electrapis, em âmbar ) sendo que a importância delas para o homem é constatada na própria história da civilização. Os egípcios e os gregos davam tanta importância a esses insetos que documentos e peças de museus importantes da Europa e Estados Unidos comprovam que 500 a 600 anos antes de Cristo aqueles povos já consideravam as abelhas como " Simbolo do Bem Estar ".

A sociedade matriarcal das abelhas do gênero Apis é tão bem organizada que tem sido utilizada inclusive como modelo pelos grandes lideres mundiais como por exêmplo o Papa Urbano VIII em 1623 e posteriormente o imperador Napoleão Bonaparte em 1804 na França os quais, em seus devidos tempos, colocaram em seus brazões, armas e mantos a figura das abelhas como símbolo de organização social. Com isso pretendiam demonstrar para seus súditos e seguidores o valor que davam para a organização social desses insetos e com isso mostravam suas intenções de usarem a sociedade das abelhas como exemplo a ser seguido pela sociedade humana. No caso da igreja católica isso pode ser facilmente constatado ao se visitar o altar principal do Vaticano em Roma utilizado pelos papas, onde são encontradas nas bases dos quatro pilares centrais do altar e na cúpula várias figuras de abelhas mandadas esculpir pelo Papa Urbano VIII. 


Curiosamente os mórmons também tomaram a sociedade das abelhas como modelo de organização social, tendo inclusive construído em Salt Lake City, no Estado de Utah-USA um templo com o formato de casa de abelhas usando o formato hexagonal dos favos e figuras de abelhas em várias peças e utensílios da comunidade. Portanto, é muito fácil de se constatar em várias culturas e civilizações antigas a importância das abelhas e da apicultura para o homem.
Hoje o agronegócio apícola internacional não trata apenas de negociar mel, pólem, cera, própolis. geléia real mas principalmente a produção de grãos, frutos e hortaliças na agricultura graças ao papel polinizador das abelhas pois, sabemos que 70% dos alimentos de origem vegetal consumidos pelo homem são polinizados pelas abelhas . As atividades apícolas no Brasil foram iniciadas em 1839 quando os colonizadores europeus introduziram as abelhas européias do gênero Apis, principalmente para a produção de vela de cera para fins religiosos.A atividade de apicultura foi mantida insipiente por mais de cem anos no país, sendo explorada principalmente nos estados sulinos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina devido a influência dos colonizadores alemães. 


Até a década de 50 a produção nacional de mel não ultrapassava as 5 mil toneladas de mel por ano , sendo que, com o intuito de aumentar essa produção, em 1956 foram introduzidas no país as abelhas africanas Apis mellifera scutellata (Gonçalves, 1974, 2004). De 1956 a 2012 houve uma grande mudança na apicultura brasileira devido a africanização das abelhas resultante do cruzamento das abelhas africanas (scutellata) com as abelhas europeias (ligustica, carnica e mellifera) introduzidas anteriormente no país. Devido a dominância da raça africana hoje existe em todo o Brasil apenas o poli-híbrido conhecido como abelha africanizada (ou AHB=Africanized Honey Bee) (Gonçalves, 1974, 2004). Após a introdução das abelhas africanas houve um período caótico entre 1960 e 1970, devido ao desconhecimento das técnicas de manejo da nova abelha e quando houve muito abandono das atividades apícolas. No entanto, a partir da década de 70, que coincide com a criação da Confederação Brasileira de Apicultura e com a realização do 1º.Congresso Brasileiro de Apicultura em 1970, a apicultura brasileira passou a se organizar em todos os níveis; 


Hoje percebe-se que o desenvolvimento da apicultura vem sendo muito grande em todo o território nacional, sendo que a produção nacional anual de mel já começa a ultrapassar as 50 mil toneladas, com produção em todas as regiões do país. Por exemplo, o nordeste brasileiro, que era totalmente desconhecido como região produtora de mel, hoje é responsável por aproximadamente 30% da produção nacional (Gonçalves, 2004). Portanto, após a introdução das abelhas africanas as atividades apícolas no país passaram a ser mais atrativas e hoje representa uma importante atividade no agronegócio brasileiro. No entanto, nos últimos cinco anos vem ocorrendo nos Estados Unidos, em vários países europeus e também em alguns países da América do Sul, inclusive no Brasil, um fenômeno conhecido como o "Colapso do desaparecimento das abelhas " ( Colony Collapse Disorder ou CCD ), considerado hoje o maior problema atual da apicultura mundial e da agricultura face as dificuldades que o CCD já vem cauando aos agricultores pela falta de abelhas para a polinização. É um fato muito preocupante e que já esta causando sérios prejuizos econômicos em vários países. O principal sintoma da CCD é o desaparecimento repentino das abelhas, resultando em pequenos enxames com ou sem rainha, sem acúmulo de abelhas mortas dentro ou na frente das colmeias e sem evidencia de saques ou ataques de traça ou pragas. As primeiras notícias sobre a CCD ocorreram entre 2006 e 2009 nos Estados Unidos e na Europa. 


Esse desaparecimento significativo das abelhas Apis mellifera em vários países tem preocupado as autoridades e cientistas do mundo inteiro, sendo ultimamente um tema muito explorado pela mídia internacional. A milenar exploração da apicutura pelo homem é tradicional pelos benefícios que ela proporciona tanto aos seres humanos na produção de alimentos como para a natureza, graças principalmente a capacidade de polinização realizada pelas abelhas. Sua contribuição na reprodução das plantas e, consequentemente, para o aumento das áreas verdes na face da terra garante o oxigênio necessário para a nossa sobrevivência e dos animais em geral. Por essa razão o premio Nobel da física, Albert Einstein profetizou em seu tempo que, se as abelhas desaparecessem da face da terra pouco depois os homens também sucumbiriam. Infelizmente tal profecia corre um alto risco de se concretizar face ao atual fenômeno do desaparecimento ou colapso das abelhas Este fenômeno vem sendo observado atualmente principalmente nos Estados Unidos, alguns países da Europa e alguns países da América do Sul, inclusive no Brasil.( Engelsdorp et all. 2008, Pettis 2011, Ratia 2008). O primeiro caso registrado nos Estados Unidos foi em Outubro de 2006 no Estado da Florida. 


Segundo van Engelsdorp et al.(2008) os Estados Unidos perderam somente entre 2007 e 2008 aproximadamente um milhão de colônias de abelhas Apis .mellifera, tendo sido registradas perdas em 21 estados americanos com frequências que oscilaram entre 19% e 52%, estando sua agricultura já com sérios prejuízos devido a falta de polinizadores. Estes percentuais de perdas são considerados muito altos e alarmantes, principalmente tendo em vista o fato de que não há até agora uma previsão para seu controle. Na Europa o número de colônias de Apis mellifera decaiu de 21 milhões na década de 80 para 15,5 milhões de colônias em 2010 (Potts et al. 2010). A diminuição do número de colônias impactaram negativamente.tanto as atividades apícolas como do agro-negócio tanto nos Estados Unidos como em vários países da Europa, sendo notória a crise do setor apícola em muitos países. Infelizmente as causas desse desaparecimento são ainda motivos de discussão em congressos, principalmente da Federação Internacional dos apicultores, a Apimondia, instituição internacional que congrega atualmente mais de 110 países e que, em setembro de 2011, realizou seu último congresso internacional em Buenos Aires-Argentina. Naquela ocasião houve uma mesa redonda e várias conferências sobre o tema CCD, porém infelizmente sem ter tido nenhum sinal de controle da situação. 


Embora haja uma grande polêmica no assunto sobre a causa principal do desaparecimento das abelhas, vários são os fatores apontados como causadores desse fenômeno. Segundo Ratia (2008) as causas mais citadas para o desaparecimento das abelhas até o momento são: o ácaro Varroa destructor, o fungo Nosema ceranae, stress causado pelo transporte a largas distâncias, ausência de pólem, vários tipos de vírus e pesticidas. Com bastante destaque nos últimos anos vem aparecendo os pesticidas agrotóxicos do grupo dos neonicotinoides (FIPRONIL conhecido comercialmente como Regente, da Basf ,o IMIDOCLOPRID conhecido como Gaucho ou Confidor, da Bayer , o CLOTHIANIDINE conhecido como Poncho, da Bayer e o THI0METHOXAM conhecido como Cruiser da Singenta ). Esses pesticidas neonicotinoides são altamente tóxicos para as abelhas. Eles apresentam atividades enzimáticas que atuam fisiologicamente no olfato e na memória das abelhas, bem como no comportamento de vôo das mesmas, em especial nas atividades de orientação e navegação, dificultando a localização de suas colônias após as atividades de forrageamento, o que em parte explica o desaparecimento das abelhas sem deixar vestígios de morte. 


Um dos primeiros trabalhos científicos publicados sobre o efeito sub-letal dos pesticidas neonicotinoides no sistema nervoso das abelhas e que causam problemas na memória e na orientação de navegação delas foi apresentado em 2007 por um grupo de pesquisadores no Departamento de Entomologia da Universidade de Minnessota, nos Estados Unidos (Desneux, Dercourtye & Delpuech, 2007). Por outro lado, além do problema do desaparecimento das abelhas , segundo Aizen & Harder (2009) o estoque de abelhas Apis mellifera esta crescendo de modo mais lento que as demandas para a polinização, sendo este também um fator muito preocupante para a agricultura. Dados obtidos por Potts et all (2010) indicam que em 18 países da Europa vem ocorrendo um declínio consistente no número de colônias de abelhas, embora esses números devam ser analisados com cuidado devido a falta de informações mais conclusivas sobre as causas desse declínio das populações. A divulgação do fenômeno do desaparecimento das abelhas e, consequente declínio do número de colônias de abelhas, do efeito drástico dos neonicotinoides no comportamento de vôo ou navegação das abelhas e de suas consequências prejudicando a polinização das plantas causou um forte impacto na midia internacional, tornando ainda mais evidente a importância das abelhas para o homem. Este alerta no leva a refletir sobre a necessidade de termos que agir rapidamente no sentido de proteger as abelhas e evitar a concretização da profecia de Einstein. Face a seriedade do problema da falta de abelhas para a polinização, o que provoca a redução da produção agrícola dos USA, esse fato motivou recentemente os políticos do Senado americano a oferecer uma importante soma de recursos aos cientistas americanos para analisar o fenômeno em busca de soluções, exemplo que deveria ser seguido por outros países. 


Infelizmente o fenômeno do desaparecimento das abelhas já vem se observando em muitos países que exploram a apicultura. Em 2010 e 2011 vários relatos sobre perdas de abelhas foram registradas nos Estados Unidos, Europa e América do Sul (Carreck, , 2011, Kristiansen, 2011,Oldroyd, 2007 , Potts et all. 2010). No Brasil , segundo o pesquisador Dr. Osmar Malaspina (informação pessoal), o primeiro caso de desaparecimento ocorreu em 2008 em Brotas, no Estado de São Paulo, porém já existem vários casos pontuais de desaparecimento de abelhas detectados recentemente (2011 e 2012) nos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul , Minas Gerais (zona da mata) e Estado de São Paulo (em Altinópolis nos apiários do Dr. Dejair Message , informação pessoal ), cujas perdas são atribuídas a fatores climáticos, falta de alimento, doenças devido a diversos patógenos como bactérias, fungos, vírus, etc. e alguns casos vinculados ao uso de agrotóxicos na agricultura, porém todos ainda sem um diagnóstico preciso. Alguns casos mais recentes constatamos em Abril de 2012 em Florianópolis-SC , conforme relato do Presidente da FAASC, durante um Simpósio Nacional sobre Sanidade Apícola e no qual vários apicultores também registraram perdas de 50% a 90% de suas colônias no momento de realizarem trabalhos de polinização, com sérios prejuízos econômicos. 


Os apicultores informaram que poucos meses antes de levarem suas colônias para o campo de polinização e, em alguns casos poucos dias antes , as colônias de abelhas estavam bem populosas mas, no momento do transporte, detectaram altas perdas ou colmeias totalmente vazias, sem a aparência de saques ou de causas aparentes. Como resultado dessa reunião foram feitas várias recomendações aos Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente no sentido de serem destinados recursos urgentes para se detectar as causas desses desaparecimentos que já estão causando sérios prejuízos para a apicultura brasileira. Embora vários países já tenham comprovado o desaparecimento das abelhas devido ao uso de agrotóxicos na agricultura este assunto é ainda bastante polêmico uma vez que há também outros agentes patogênicos (bactérias, fungos, virus, ácaros etc.) que de maneira isolada ou por efeito sinergístico tem causado também a morte das abelhas (Pettis .2011 ). Recentemente a Federação dos apicultores da Alemanha processou a Bayer, empresa fabricante de pesticidas neonicotinóides como o IMIDACLOPRID e o CLOTHIANIDINE, como sendo responsável pelo desaparecimento das abelhas no Estado de Baden-Wurtenberg. Em janeiro de 2012 o Governo alemão proibiu temporariamente o uso de oito pesticidas neonicotinoides fabricados pela empresa alemã Bayer .(Informação prestada pela EcoDebate/Ecoagencia em 22.01.2012). Anteriormente e com base em informações do efeito prejudicial dos neonicotinóides para as abelhas vários países europeus como a França, Italia e a Eslovenia já haviam proibido a entrada no país de alguns agrotóxicos neonicotinóides. 


Portanto, o fenômeno do desaparecimento das abelhas Apis mellifera representa um alto risco para a apicultura mundial e, consequentemente, para o agronegócio apícola pois, toda a produção agrícola mundial relacionada a grãos e frutos depende de polinização e, como as abelhas se constituem num dos mais importantes polinizadores (Imperatriz-Fonseca et all.2007), cabe aos cientistas a descoberta urgente das causas desse desaparecimento e aos apicultores a responsabilidade pelo cuidado e proteção das abelhas. No entanto, esses produtos neonicotinóides, por serem eficientes para o combate de várias pragas da agricultura, embora altamente tóxicos para as abelhas, ainda são produzidos, distribuidos e usados amplamente em muitos países, inclusive no Brasil. Já existem vários indícios de que os neonicotinóides usados amplamente no Brasil são os principais causadores do desaparecimento das abelhas, porém devido a falta de pesquisas específicas para comprovar as causas das perdas já registradas e também devido a falta de denuncias públicas por parte dos apicultores, associações ,federações e da própria CBA junto às autoridades sanitárias do país, o problema continua e tende a se agravar por falta de atenção de nossas autoridades. Torna-se extremamente importante a comprovação do efeito prejudicial dos neonicotionóides também em nosso país para reforçar a proibição da produção, entrada ou aplicação desses produtos no país. O mundo todo esta reagindo ao uso indiscriminado desses inseticidas tóxicos causadores do desaparecimento das abelhas cuja redução de população já está afetando drasticamente o agronegócio apícola devido a falta de polinizadores para plantações de amêndoa, cerejas, maça etc. Para reduzir a perda de abelhas muitos paiíses já estão banindo de seus países esses produtos neonicotinóides. 


Apesar de já termos registros de vários casos pontuais de CCD no Brasil, fato que nos preocupa, a apicultura em nosso país vem progredindo muito em praticamente todos os estados da Federação. É importante ser destacada a grande conquista da CBA nos últimos anos que foi a sua participação oficial na Câmara Setorial da cadeia produtiva do mel e produtos apícolas junto ao MAPA-Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Temos conhecimento que o potencial apícola brasileiro é imenso graças as abelhas africanizadas que são resistentes a doenças e altamente produtivas e que a grande área territorial disponível e clima são propícios à apicultura; No entanto, o risco de aumentar os casos de CCD em nosso país é altíssimo e precisamos agir com urgência. Caso consigamos contornar o problema do CCD nosso país tem potencial para se tornar um dos mais importantes fornecedores mundiais de produtos apícolas e em especial do mel orgânico e própolis vermelho, produtos altamente procurados pelo mercado internacional. Portanto, como já temos um canal de comunicação direto com o MAPA o Brasil não pode se omitir na campanha de proteção das abelhas e da apicultura lançado pelo Presidente da Apimondia, Dr. Gilles Ratia, no Congresso Internacional de Apicultura da APIMONDIA em Montpellier na França, em 2009 e, também em 2010, no Brasil, durante o Congresso Iberolatinoamericano de Apicultura em Natal; 


É de fundamental importância que os agrotóxicos neonicotinoides sejam banidos de todos os países onde se explora a apicultura, inclusive do Brasil. Consideramos importante também ser lembrado que a CAMPANHA DE PROTEÇÃO DAS ABELHAS lançada pelo Presidente Gilles Ratia não se refere apenas à sobrevivência mundial da apicultura ou do agronegócio apícola e sim da vida dos elementos principais que garantem sua existência, as abelhas . No entanto, os dados aqui apresentados no 19º. Congresso Brasileiro de Apicultura sobre as estatísticas recentes de ocorrências de desaparecimento das abelhas nos Estados Unidos, Europa e América do Sul, inclusive os dados recentes de 2011 e 2012 registrados nos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina no Brasil já são mais do que suficientes para constatarmos que o desaparecimento das abelhas infelizmente já é uma realidade. Assim, face aos fatos aqui relatados e com base na profecia do Premio Nobel Albert Einstein em seu tempo de que, após o desaparecimento das abelhas da face da terra ocorreria o desaparecimento do homem, cabe então uma REFLEXÃO Se não fizermos nada em prol da proteção das abelhas e do meio ambiente, combatendo seriamente os pesticidas neonicotinóides altamente tóxicos no sentido de interromper o desaparecimento das abelhas, a profecia de Einstein poderá se concretizar, porém antes teremos que iniciar urgentemente a CAMPANHA PARA A NOSSA PRÓPRIA SOBREVIVENCIA.

BIBLIOGRAFIA

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Qualidade do Mel


QUALIDADE DO MEL
Artigo publicado na revista Abeille de France, 866, janeiro 2001, referente a conferência do Monsenhor Paul Schweitzer, diretor do Laboratório de Análises e de Ecologia Apícola, proferida na Jornada da Abelha, que aconteceu em Sombernon, França que, embora trate de assuntos pertinentes à apicultura francesa, nos fornece importantes informações no que diz respeito à qualidade do Mel.  Traduzido pelo nosso associado João Sobenko.
    A prática da apicultura está muito ligada ao meio natural, do meio ambiente, às culturas, aos tratamentos. Todos esses elementos influem na qualidade do mel. Com a globalização da economia, aparecem no mercado quantidades de méis estrangeiros nem sempre de muita boa qualidade. A tendência atual está na diversificação das produções e nas denominações: méis “todas flores”, da primavera, do verão, silvestre etc. Denominações monoflorais ( acácia, colza etc.) geográficas, topográficas ( montanha, floresta). Com os diferentes negócios da agro-indústria, os controles da qualidade dos produtos de consumo serão cada vez mais freqüentes e  cada vez mais sofisticados. Devemos estar atentos à nossa produção e só oferecer produtos de qualidade. A produção começa nas colmeias ( atenção com os produtos usados, fumaça etc.), prossegue na extração e no acondicionamento. Todos os elementos da corrente intervêm na qualidade do produto. A produção de Mel passa igualmente pela criação de marcas e denominações.

LEMBRANDO A DEFINIÇÃO DE MEL
    Mercadoria alimentar produzida pelas abelhas melíferas a partir do néctar das flores ou de secreções das plantas que elas recolhem e transformam com matérias específicas próprias e que elas armazenam nos favos da colmeia.
    A abelha tendo um apetite natural pelos produtos açucarados, acontece às vezes que ela recolhe ou armazena produtos que não correspondem exatamente à definição: por exemplo frutas, sucos... Esses produtos não têm direito a denominação “Mel”.

CRITÉRIOS DE QUALIDADE
    O teor de água condiciona a qualidade inicial. A legislação admite um teor máximo de 21%: é uma porcentagem muito alta. Um mel de qualidade não deve ultrapassar 18%. Quanto mais alto é esse numero, maior é o risco de fermentação. A quantidade de leveduras presentes no mel é igualmente um elemento determinante:
    --inferior a 17,1% de umidade: qualquer que seja seu número, as leveduras não podem se multiplicar, a pressão osmótica é importantíssima, o mel portanto não pode fermentar.
    --de 17,1 a 18,0%: não haverá fermentação se o número de leveduras for inferior a 1000 por grama. Se superior = fermentação. Teores importantes em leveduras no mel podem receber contaminações pelos apicultores, material não muito limpo. O mel higroscópico absorve água e as leveduras se multiplicam maciçamente e contaminam as colheitas futuras.
    --de 18,1 a 19,0% não haverá fermentação se o número de leveduras for inferior a 10.
    -- de 19,1 a 20,0% não haverá fermentação se o número de leveduras for inferior a 1.
    -- acima de 20%: risco de fermentação em todos os casos.

PRIMEIRA COISA:
    --Colher mel maduro. É absolutamente errado pensar que um mel operculado tem sempre menos de 18,0%. Se o apiário estiver implantado num setor onde, a umidade relativa é superior a 60%, as abelhas não poderão retirar a umidade do mel para baixo de 18,3%. Numa atmosfera úmida, apesar da ventilação das abelhas, o teor em água não poderá diminuir e, após uma luta cansativa, as abelhas acabam por opercular o mel com, as vezes, superior a 18,0% de umidade.

NO MOMENTO DA EXTRAÇÃO HÁ UMA FASE CRÍTICA.
    A centrifuga pulveriza o mel em micro partículas. Estas oferecem uma grande superfície em relação ao volume. Deste modo elas se impregnam de água de maneira muito significativa em função da umidade relativa do local da extração. Elas podem assim aumentar o teor em água do mel maduro. O ideal é pois, extrair num local equipado de um desumidificador. Um hidrômetro permitirá medir a umidade relativa, isto é, a porcentagem  da umidade contida no ar em relação ao máximo que ele pode conter à uma dada temperatura.

O SEGUNDO PONTO IMPORTANTE: A DEGRADAÇÃO PELO VAPOR.
    Todos os apicultores ou profissionais que utilizam circuitos de calor, estão advertidos. A estocagem do mel em atmosfera quente(atrás de um vidro ensolarado) produz os mesmos efeitos. O mel é um produto que é ruim de envelhecimento; nenhum mel melhoram com a idade. É uma solução química complexa de numerosos açucares, de água, de elementos minerais, orgânicos, que vão lhe fornecer um sabor e um aroma peculiar. O mel “produto vivo” ilustra bem o fato que ele continua se modificando uma vez extraído. O envelhecimento tem conseqüências sobre o aroma, gosto, a cor, torna-se cada vez mais escura, modificações químicas intervêm. O mais comum é a aparição do HMF ou Hidroximetilfufurol. É um derivado químico de açucares. Não é nocivo ao Homem. Quando se faz caramelo um dos primeiros intermediários de desidratação é justamente o HMF. O caramelo o contém em quantidades enormes. Esta substância natural é produzida espontaneamente no envelhecimento do mel. A reação é acelerada pelo aquecimento. A medida da taxa do HMF pode ser considerada como um índice de envelhecimento. Na União Européia, o teor máximo é de 40mg/kg. Acima o mel não poderá ser comercializado a não ser como mel industrial. Os méis ácidos são mais sensíveis à produção do HMF: um mel com um PH de 3,5 a 4,0 o produz rapidamente. Os méis de melato (pinheiro, castanheiro) o produz menos rápido. O aquecimento do mel tem igualmente uma ação sobre as enzimas presentes nos méis. Sua atividade diminui com o aumento da temperatura. Mais a tempertura é elevada, mais elas se degradam rapidamente.

A CRISTALIZAÇÃO
    Grosseiramente o mel é um composto de 17% de água e 80% de açucares dos quais os dois principais são a glicose e a frutose. Uma solução de frutose (açucar de frutas) é mais estável do que uma solução de glicose. Não terá tendência a se cristalizar. O mel da Acácia mantém-se líquido porque tem muita frutose, Inversamente uma solução de glicose é instável. A glicose se associa à água e a cristalização se produz. O mel de colza, muito rico em glicose cristaliza rapidamente. Certos méis, não muito ricos em glicose nem em frutose cristalizam lentamente com cristais grandes. Segundo o caso, (análises podem ser úteis) poderá se ter interesse em conservá-los líquidos por um aquecimento moderado ou desmancha-los em cristais finos para controlar a cristalização.

A FERMENTAÇÃO DOS MÉIS
    A umidade e a levedura são as causas disso. A pasteurização destrói as leveduras mas com o aquecimento o mel poderá ter conseqüências muito nefastas. Certos méis, como de colza na Europa, cristalizam tão rapidamente que de um lado eles armazenam impurezas e de outro lado deixam de ser homogêneos na escala molecular. O que explica a quebra da sua estrutura após alguns meses(eles tornam-se macios). Mesmo se o seu teor médio de umidade seja de 18%, na escala molecular, podem existir desigualdades com as micros amostras difusas na fermentação(a umidade é mal distribuída na massa). No início essas anormalidades passam muitas vezes desapercebidas. Um degustador atendo nota logo essas pequeninas fermentações, geralmente aceitas como normais pelos neófitos. Neste estado, a análise põe logo em evidência um teor em glicerol acima do normal.

O CUIDADO REFERENTE À EXTRAÇÃO E AO ACONDICIONAMENTO.
    É absolutamente necessário usar somente material próprio para alimentos, ter locais próprios, laváveis, sem esconderijos que podem ser refúgio de bactérias e leveduras. O material sempre ser limpo, lavados e desinfetados após cada utilização. A acidez do mel pode atacar certos metais com produção de  ions metálicos que serão encontrados no mel. Assim certos méis importados contém grandes quantidades de ions de ferro. Adoçando-se o chá com tais méis, o chá torna-se escuro, em poucos minutos, os taninos do chá reagem com os ions metálicos para formar um precipitado preto. Notemos que alguns méis são muito ácidos. A acidez não difere muito de certos vinagres, sendo ela pouco percebida em razão da grande quantidade de açucares no mel.
    A temperatura ideal de estocagem é de 14o C. A durabilidade ótima da utilização é de mais ou menos 2 anos. Já houve casos em que certos méis pouco ácidos e estocados em ambiente fresco a ao abrigo da luz não apresentaram alterações até em 10 anos.

A CONTAMINAÇÃO DE MÉIS POR AGENTES EXTERIORES.
    Os laboratórios de análises buscam nos méis os resíduos de tratamento contra as Varroas e os antibióticos em conseqüência aos tratamentos sistemáticos contra as Loques. Esta situação é preocupante. A presença de antibióticos nos méis ou em qualquer outro produto do agro-alimentar possui conseqüências nefastas múltiplas: de uma parte isso gera inevitavelmente fenômenos de resistência nas patologias apícolas não só nas abelhas, mas também nas doenças humanas( sem falar de outras conseqüências como o desenvolvimento de alergias), os antibióticos são os mesmos( ou da mesma família) como os que são utilizados para os humanos. Tratando-se do mel, o laboratório do CETAM espera, se lhe forem dados os meios, poder o mais rápido possível efetuar esses controles. Quanto à erradicação da Loque, ela passa antes por uma grande disciplina. Uma ação combinada por todos os apicultores com todas as parcerias sindicais devem dar lugar, devem se sobrepor aos egoísmos que, não tomam conta do interesse coletivo. Os medicamentos, sejam eles quais forem, devem ser sempre utilizados de um modo inteligente e controlado para não criar princípios resistentes contra os quais será impossível agir. Nunca esquecer que as doses subletais criam sempre hábitos.


MEL: Um doce remédio

As propriedades terapêuticas do mel são bastante conhecidas quando se trata de resfriados, dores de garganta ou seu uso como um adoçante natural, substituto do açúcar... Mas as propriedades terapêuticas desse alimento tão rico são várias, e uma em especial pode ajudar muito aos atletas, em especial os ciclistas... Trata-se do seu efeito na cicatrização de queimaduras, feridas, e por que não, “ralados”...

As substâncias contendo açúcar, como mel e derivados da cana-de-açúcar, vêm sendo utilizadas há vários anos no tratamento de lesões de pele, com excelentes resultados clínicos.

Desde a antiguidade, o mel é utilizado nas mais variadas formas de aplicação e tratamento, mas de maneira empírica, sem comprovação científica. Agora, as pesquisas que comprovam sua eficácia são inúmeras. Isso representa um grande avanço para a medicina, pois o mel possui características que são valiosas e únicas, e o melhor de tudo – é um produto natural, benéfico para a saúde, de fácil aquisição e baixo custo.

A utilização dos produtos das abelhas com fins terapêuticos é denominada APITERAPIA. Países como a Alemanha já a adotaram como prática oficial na sua rede pública de saúde, e em alguns hospitais de Cuba, o mel é despejado diretamente nas feridas e escaras dos enfermos, sendo obtidos resultados surpreendentes.

Sua atividade antimicrobiana talvez seja seu efeito medicinal mais ativo, e isso é conseguido através de sua complexa composição. Outros efeitos incluem suas propriedades antissépticas, antibacterianas, como também sua ação fungicida, cicatrizante e promotora da epitelização das extremidades de feridas, sendo todas comprovadas cientificamente.

No caso dos “ralados” dos bikers, ele ajuda tanto na proteção contra infecções, como na cicatrização, favorecendo a formação de tecido novo no local machucado.

Em casos de feridas graves, este não deve substituir medicamentos sem a aprovação de seu médico, mas nos casos daqueles “tombinhos” que literalmente deixam marcas, o mel é uma ótima pedida! Ah, e muito importante, o mel deve ser um produto de qualidade!

Postado por: Guiné em 20/08/2008

O poder do Mel

O PODER DO MEL
O que é, suas propriedades e como comprar

Estamos iniciando uma série de artigos sobre um poderoso alimento, o mel. Serão textos com informações sobre as propriedades terapêuticas e medicinais do produto como alimento, além do importante papel que ele tem na cosmetologia. Falaremos também de outros alimentos relacionados à apiterapia ? o pólen, a geléia real, a própolis e a cera de abelhas ? que também têm papel importante nas medicinas tradicionais. Neste primeiro artigo falamos sobre sua origem, como é produzido, suas propriedades nutricionais e medicamentosas, seus ingredientes e dicas para comprar um mel de boa qualidade.

O consumo de mel acompanha a história do homem desde os primórdios, as referências a ele nas escrituras de diversas culturas são inúmeras. Na Espanha há uma caverna onde foi encontrada uma pintura de uma figura humana tirando mel de uma colméia que tem idade estimada em 15 mil anos.

É produzido pelas abelhas melíferas a partir do néctar das flores e de outras matérias açucaradas que recolhem das plantas. As abelhas as transformam, enriquecem e depositam nas células dos favos de cera. Cada variedade de mel tem suas propriedades específicas destacadas de acordo com as espécies botânicas das floradas. A composição, o aspecto, o sabor e a coloração variam de acordo com as flores que provêm, de sua origem e da região. Das 20 mil espécies de abelhas conhecidas, apenas quatro produzem mel, são os únicos insetos capazes de produzir alimento para o consumo humano. A mais conhecida das abelhas é a apis melífera, que tem ferrão e é originária da Europa e Ásia. É criada em larga escala para produção de mel. As espécies nativas do Brasil e dos demais países das Américas não possuem ferrão.

"O mel é fonte de vida.
Em seu processo de produção está interligada
toda riqueza da terra, que através do néctar
reflexa as radiações do sol, os efeitos do ar e
chuva que estão em contato com as flores."


Seu valor é reverenciado em todas as culturas, é respeitado e considerado como um dos melhores e mais versáteis alimentos que se conhece. Riquíssimo em nutrientes, é indicado na dieta diária de todas as pessoas, com exceção dos diabéticos.

É reconhecido pelas propriedades antimicrobianas e pela eficácia no combate de enfermidades do aparelho respiratório. Também pela eficácia contra as infecções e pela ação descongestionante das mucosas da garganta. É energético por conter açúcares simples, que são assimilados rapidamente pelo organismo, contribuindo com a manutenção do esqueleto com o cálcio e a regeneração do sangue com o ferro.

Contém propriedades antibióticas e cicatrizantes, sendo muito usado em queimaduras e feridas. Possui atividade antianêmica, proporcionando aumento de hemoglobinas no sangue. Facilita as funções digestivas e respiratórias e tem propriedades diuréticas e sedativas.

No mel há mais de 150 elementos diferentes. Alguns deles são: protídeos, lipídeos, sais, fósforo, ferro, potássio, cálcio e vitaminas variadas. É rico em açúcares, minerais e enzimas (proteínas que atuam em processos vitais). Seu valor energético e sua fácil digestão e assimilação são vitais para a atividade física e mental.

Naturalmente o mel tende a cristalizar, adquirindo uma consistência dura. Todo mel puro cristaliza com o tempo e mais rapidamente em baixas temperaturas. Cristalizado varia na cor, no paladar e na consistência, porém, tais alterações acontecem somente na forma do mel, pois suas propriedades nutritivas e medicinais são preservadas. Para retomá-lo à forma líquida original basta deixá-lo por algum tempo em banho-maria.

Na grandes indústrias de mel é utilizado o processo de pasteurização do mel para mantê-lo sempre líquido nas prateleiras dos supermercados. Entretanto, a pasteurização faz com que o mel perca grande parte de suas propriedades e se transforme em um produto que funciona apenas como adoçante. O mais recomendado é comprar o mel diretamente das cooperativas produtoras ou dos apicultores que engarrafam o produto.

Uma dica para quem mora no Rio de Janeiro: há uma loja que testa e certifica a pureza de todos os produtores e marcas de mel que vende. É possível encontrar mel de várias floradas e ainda experimentar os mais variados tipos antes de comprar. Também é possível comprar (e provar) própolis, cera, pólem e geléia real.

Coapimel ? Cooperativa Apícola do Rio de Janeiro
Cobal do Humaitá, rua Voluntários da Pátria, 448, Botafogo, Rio de Janeiro/RJ
Tel.: (21)2535-6812

Fonte: Blog Zen People

Falso Hidromel sabor limão


HIDROMEL de Limão (falso)
Ingredientes:
- 1 litro de chá mate
- 1 limão grande
- 1/2 copo de mel
Modo de fazer:
    Enquanto o chá estiver quente, adicionar algumas lascas de limão.
    Deixar esfriar e coar.
    Adicionar o mel e o suco de limão.
    Colocar gelo à vontade. É saudável e mata a sede.

quarta-feira, maio 16, 2012


Fonte: http://ciencia.hsw.uol.com.br/abelha6.htm


Produção de mel

   O mel começa como néctar que as abelhas coletam nas flores. Basicamente, o néctar é uma recompensa que as plantas produzem para atrair insetos e pássaros polinizadores. É um líquido doce que possui os óleos aromáticos responsáveis pelo perfume das plantas, além de outras substâncias características. As abelhas coletam esse néctar sugando-o com seus probóscides e armazenando-o em seus estômagos de mel. Em seguida, as abelhas domésticas levam o néctar de volta para a colméia, carregando 40 miligramas por vez.
   As abelhas campeiras regurgitam o néctar e passam-no para as operárias na colmeia. Em seguida, essas abelhas gradualmente transformam o néctar em mel por meio da evaporação da maior parte da água que ele contém. O néctar possui 70% de água, ao passo que o mel tem apenas em torno de 20%. As abelhas se livram da água extra engolindo e regurgitando o néctar várias vezes. Elas também agitam suas asas sobre os alvéolos cheios do favo de mel. Esse processo retém bastante açúcar e os óleos aromáticos da planta enquanto as enzimas dos aparelhos bucais das abelhas são adicionadas.
   O mel final é espesso, grudento e bem doce. Ele contém vários tipos de açúcares, inclusive sucrose, frutose e glicose. O sabor e a cor dependem das flores em que as abelhas colheram o néctar. O mel de flor de laranjeira, por exemplo, tem sabor e aroma que lembram o da laranja. 
   As abelhas se alimentam de mel e armazenam a quantidade suficiente para sobreviverem durante o inverno. À primeira vista, as abelhas não parecem ser muito ativas ou precisar de muita comida durante o inverno. Elas só deixam suas colméias para se aliviarem, já que as abelhas não defecam no lugar onde vivem. Enquanto estão dentro das colméias, porém, as abelhas trabalham muito. Elas cuidam da rainha e aquecem a colméia tremendo os músculos de suas asas, de forma muito parecida com os humanos, que tentam se aquecer estremecendo o corpo. Elas também controlam a temperatura da colméia durante o verão, fazendo o ar circular pela colméia com suas asas e respingando água no favo de mel.
   O mel é uma boa fonte de alimento para as abelhas por duas razões. Primeiro, a grande quantidade de açúcar que ele contém fornece muitas calorias, que são queimadas por elas quando aquecem o ninho e cuidam da rainha. Segundo, suas propriedades físicas o tornam extremamente resistente às bactérias:
  • uma das enzimas adicionadas ao mel durante o processamento do néctar é a glucose oxidase; quando as abelhas diluem o mel para alimentar as mais jovens, a glucose oxidase quebra a glicose em peróxido de hidrogênio, que ajuda a matar os germes;
  • pH do mel fica entre 3,5 e 4; em outras palavras, ele é levemente ácido -- tão ácido quanto um suco de laranja --, o que desencoraja o desenvolvimento de bactérias;
  • o mel é higroscópico, o que significa que pode absorver a umidade do ambiente, e possui uma alta pressão osmótica. As bactérias que entram em contato com o mel sofrem plasmólise.Elas perdem sua umidade, que passa para o mel, e morrem.
Mel e botulismo
   O mel geralmente é muito bom para matar bactérias, mas existe uma exceção notável: as bactérias em forma de esporos, como aClostridium botulinum, que causa o botulismo. A C. botulinum pode formar esporos protetores, que a isolam das propriedades antibacterianas do mel. Como eles podem viver no solo e se sedimentar na natureza, é relativamente fácil para alguns esporos pegarem carona nos corpos das abelhas e chegarem ao mel. A quantidade de esporos do botulismo no mel geralmente não é perigosa para adultos, mas pode ser mortal para crianças com menos de um ano de idade. Por esse motivo, nunca é uma boa ideia dar mel para um bebê.
   A grande quantidade de açúcares, o sabor e as propriedades antimicrobiais do mel também o tornam útil para as pessoas. Hoje em dia, ele é usado na culinária caseira e comercial, e uma pesquisa médica indica que pode ser eficaz no tratamento de organismos resistentes a antibióticos, principalmente em feridas abertas. Nada disso é novidade. As pessoas vêm colhendo e usando mel por mais de 6 mil anos. Historicamente, as pessoas o usaram para adoçar alimentos e fazer bebidas fermentadas, como o hidromel. Além disso, cobrir uma ferida com mel ou com ataduras embebidas em mel era uma prática comum antes do desenvolvimento de antibióticos.
   Por essas razões, as pessoas encontraram maneiras para facilitar e tornar mais cômoda a colheita de mel das abelhas. A seguir, vamos ver como os apicultores acomodam as abelhas e colhem o mel.
Apiterapia
   O uso de produtos produzidos por abelhas, inclusive mel, pólen colhido, geléia real e cera alveolada, para tratar doenças ou machucados é conhecido como apiterapia. Os apiterapeutas defendem desde o uso de ferrões de abelhas para combater a dor de artrite até o uso de mel para tratar cortes e arranhões. A medicina ainda não confirmou muitas das capacidades de cura atribuídas a essas substâncias. O mel possui, no entanto, propriedades antibacterianas evidentes e documentadas pela medicina.
   

Criação de abelhas

   Por centenas de anos, as pessoas desenvolveram muitos tipos de colméiasartificiais que oferecem abrigo e espaço para as abelhas e ao mesmo tempo facilitam a colheita de mel. O modelo mais usado hoje em dia é a colméiaLangstroth, desenvolvida por Lorenzo Lorraine Langstroth na década de 1850. Antes das invenções de Langstroth, as pessoas basicamente mantinham as abelhas em colméias feitas de cestas, caixas ou pedaços de lenha. Algumas delas tinham suportes inclinados e removíveis, em que as abelhas penduravam os favos de mel. Outras não tinham uma maneira conveniente de conseguir acesso ou remover o mel. Colméias com suportes inclinados ainda são usadas em algumas partes do mundo, e os apicultores maias que criam abelhas sem ferrão ainda usam lenhas como colmeias.
   Langstroth descobriu que as pessoas podiam influenciar a maneira como as abelhas desenvolvem seus favos de mel ajustando a quantidade de espaço em sua área de desenvolvimento. Essa área, conhecida com espaço-abelha, permite que as abelhas se movimentem, cuidem das mais jovens, desenvolvam novos favos de mel e produzam mel. De acordo com as teorias de Langstroth, a quantidade ideal de espaço entre as camadas de favo de mel é de 64 a 79 milímetros.
   A colméia de Langstroth usa uma estrutura com várias camadas e quadros removíveis para incentivar as abelhas a construírem suas colméias de forma organizada e para facilitar a colheita do mel pelos apicultores. A partir da base, as camadas são:
  • fundo, onde fica a base da colméia;
  • ninho, que é feito com uma caixa chamada melgueira e é onde a rainha deposita seus ovos e as operárias criam as larvas;
  • tela excluidora, uma chapa perfurada pela qual a rainha não pode passar, impedindo que ela deposite ovos nos alvéolos;
  • melgueiras rasas, que possuem em torno da metade da profundidade do ninho, onde as abelhas armazenam o mel.
  • tampa.
    Os apicultores geralmente usam melgueiras rasas em vez das normais para armazenar o mel porque ele é relativamente pesado. Uma melgueira rasa pesa cerca de 15,9 Kg quando está cheia, ao passo que uma funda pesa quase 36,3 Kg. Isso facilita a remoção e a substituição das melgueiras pelos apicultores. As abelhas irão continuar a produzir e armazenar mel enquanto tiverem espaço suficiente; então, remover os favos de mel completos e substituí-los por melgueiras vazias é importante para a criação de abelhas. Também é importante se certificar de que as abelhas tenham comida suficiente para o inverno. Por isso, muitos apicultores fazem a última colheita de mel no fim do verão, para que elas possam coletar néctar e transformá-lo em mel durante o outono.
    Para fazer a colheita de mel, os apicultores podem remover os favos de mel prontos das melgueiras rasas e colocá-los para girar em um aparelho chamado centrífuga, ou extrator de mel. Ele remove o mel do favo ao mesmo tempo que deixa a estrutura intacta. Como são necessários 9 Kg de mel para formar 45 Kg de cera alveolada para a colméia, a reutilização dos favos geralmente permite que os apicultores colham mais mel.
   Essa estrutura faz com que seja relativamente fácil para o apicultor realizar a colheita do mel sem danificar a colmeia ou machucar alguma abelha. O apicultor, no entanto, tem que ser cuidadoso. Muitos apicultores usam uma máscara e luvas para proteger seus rostos e mãos das picadas enquanto estão trabalhando com as colmeias. Eles também se movem bem devagar quando estão abrindo a colmeia, retirando e substituindo os quadros. Isso é importante porque as abelhas liberam um feromônio de alarme quando são esmagadas ou usam seus ferrões. Esse feromônio incentiva suas irmãs na colmeia a picarem qualquer coisa que esteja por perto. Os apicultores podem mascarar esse feromônio com a fumaça de um fumegador, que essencialmente é um conjunto de foles preso a uma lata à prova de fogo com um bocal na ponta. A fumaça também incentiva as abelhas a pararem de trabalhar e começarem a comer mel no caso de precisarem abandonar a colméia por causa do fogo. Isso diminui a chance de as abelhas se tornarem agitadas ou defensivas enquanto o apicultor trabalha na colmeia.
   Uma colônia de abelhas pode ter milhares de operárias. Para produzir bastante mel, essas abelhas precisam de grandes fontes de alimento, como pomares, extensas plantações de vegetais ou outras áreas com uma densa vegetação. Os apicultores, porém, principalmente aqueles que realizam atividades de grande escala, nem sempre vivem perto o suficiente das fontes de alimento certas para alimentar todas as abelhas. Alguns suplementam os alimentos naturais das abelhas com néctares artificiais e pólen comprado. Outros alugam suas abelhas para fazendeiros, que as usam para polinizar as plantações. Sem as abelhas alugadas, as plantações não produziriam os alimentos necessários.
   Essa necessidade de abelhas domésticas para a polinização de plantações é a razão pela qual muitas pessoas estão preocupadas com um fenômeno conhecido como Distúrbio do Colapso das Colônias (DCC). A seguir, vamos ver os mitos e as verdades por trás do DCC.
   Ocupando a colmeia
   Os apicultores podem conseguir suas abelhas de várias fontes. Algumas vezes, o apicultor irá capturar um enxame que se formou na propriedade de alguém. Os apicultores também ocupam suas colméias com rainhas e abelhas compradas de um fornecedor.

Desaparecimento de abelhas: Distúrbio do Colapso das Colônias (DCC)

   Na primavera de 2007, agências de notícias começaram a fazer reportagens sobre um fenômeno preocupante na população das abelhas. De acordo com as reportagens, os apicultores visitaram suas colméias e descobriram que as abelhas haviam desaparecido. Às vezes, a rainha e algumas abelhas que tinham acabado de sair dos ovos eram as únicas que restavam. Os apicultores não encontraram evidências de predadores que se alimentam de abelhas, como vespas e mamíferos que gostam de mel. Eles também não viram muitas abelhas mortas ou evidências de doenças, como a cria giz ou a cria ensacada, que atacam as larvas em desenvolvimento, ou de nenhuma espécie de ácaro, que ataca abelhas adultas ou em desenvolvimento. Com base nessas informações, pareceu improvável que as abelhas tivessem ficado doentes e morrido. Por outro lado, muitos apicultores relataram que mariposas, animais e outras abelhas evitaram os ninhos que tinham acabado de ficar vazios, pelo menos por alguns dias. Isso geralmente acontece quando as abelhas morrem por causa de doenças ou de contaminação química.
   Muitas dessas notícias eram alarmantes. Elas descreviam que os apicultores estavam perdendo mais da metade de suas abelhas e explicavam a importância das abelhas domésticas na polinização das plantações de alimentos. Alguns artigos indicavam que o desaparecimento das abelhas iria resultar em fome alastrada por várias regiões. Outras citavam Albert Einstein, dizendo que os seres humanos morreriam em quatro anos se as abelhas entrassem em extinção.
   É bastante improvável que Einstein tenha feito essa afirmação sobre abelhas, que agora é famosa, mas o Distúrbio do Colapso das Colônias (DCC) é um fenômeno real. Ele tem o potencial de afetar drasticamente a produção de comida e de mel, mas é mais complexo do que algumas notícias o fazem parecer. Primeiro, o DCC afetou abelhas domésticas e comerciais, aquelas que são criadas exclusivamente para produzirem mel e polinizar plantações. Ele parece afetar abelhas de colméias que são movidas de um lugar para o outro com o intuito de polinizar plantações. As abelhas comerciais compõem uma pequena porção da população geral de abelhas. Outros tipos delas, inclusive as abelhas africanizadas, não parecem ser afetadas.
   Essa também não foi a primeira vez que a população de abelhas domésticas diminuiu de maneira repentina e inesperada. As populações de colônias individuais podem diminuir bastante durante o inverno, época em que as abelhas morrem naturalmente. Além disso, os apicultores relataram grandes diminuições nas populações de suas colméias várias vezes nos últimos 100 anos. Em 1915, apicultores de vários estados informaram grandes perdas de abelhas. Esse distúrbio ficou conhecido como Doença do Desaparecimento, não porque as abelhas desapareciam, mas porque o distúrbio era temporário e não voltou a ocorrer.
   Os pesquisadores nunca determinaram a causa da Doença do Desaparecimento ou das diminuições subseqüentes na população de abelhas. As causas da DCC ainda são incertas e várias possibilidades foram descartadas porque não estão presentes em todas as colônias afetadas. Por exemplo, os apicultores que tiveram as colônias afetadas têm métodos diferentes para alimentar suas abelhas e para controlar os ácaros e outras pestes. As abelhas nas colônias afetadas não parecem ter vindo do mesmo fornecedor. O Grupo de Trabalho do Distúrbio do Colapso das Colônias, que está investigando o fenômeno, também não suspeita que as plantações geneticamente modificadas sejam culpadas.
   Existem, no entanto, algumas teorias predominantes sobre as causas do DCC:
  • o processo de transportar abelhas por longas distâncias para polinizar plantações pode causar estresse, debilitar o sistema imunológico das abelhas, deixá-las expostas a outros patógenos ou afetar suas habilidades de vôo;
  • ácaros que geralmente se alimentam de abelhas, como o varroa e o traqueal, podem estar expondo as abelhas a um vírus desconhecido. Esses ácaros podem ter causado colapsos de colônias no passado, mas também deixaram evidências para os apicultores, o que não é o caso da DCC;
  • algum patógeno desconhecido ou outro fator pode estar afetando a habilidade de vôo das abelhas;
  • as abelhas domésticas podem ter pouca diversidade genética,fazendo que a espécie inteira seja suscetível a um surto de doença.
   Uma teoria conhecida, de que os celulares podem estar causando a DCC, foi completamente descartada. Essa teoria virou notícia em abril de 2007, depois que o jornal britânico "The Independent" apresentou um artigo com uma conexão entre os celulares e o desaparecimento das abelhas. O estudo que o "The Independent" citou não era, no entanto, relacionado com os celulares. Em vez disso, os pesquisadores estavam estudando a energia eletromagnética emitida pelas bases dos telefones sem fio, por meio da implantação delas diretamente nas colméias. Um telefone sem fio usa um comprimento de onda de energia eletromagnética diferente da que o celular usa.
   Aproximadamente 15% da comida que os norte-americanos consomem vem diretamente da polinização das abelhas domésticas. Outros 15% vêm de animais que consomem alimentos que as abelhas polinizam. Em outras palavras, quase um terço da comida que os norte-americanos consomem atualmente precisa da polinização. Alguns artigos afirmam que os norte-americanos também irão perder todo o fornecimento de carne sem as abelhas domésticas para polinizar os alimentos. Isso não é necessariamente verdade. Algumas plantas, como o trevo vermelho e a alfafa, são uma grande fonte de alimento para vacas e outros animais de pasto. As abelhas grandes geralmente polinizam os trevos vermelhos e as solitárias abelhas cortadoras-de-folhas costumam polinizar a alfafa. Em outras palavras, a diminuição das abelhas domésticas não significa necessariamente que essas plantas irão perder seus polinizadores.
   Não é incomum as abelhas selvagens serem grandes polinizadoras de plantas selvagens e de plantações. Na verdade, até o século XVI não havia abelhas domésticas nas Américas. As abelhas solitárias, selvagens e outros animais faziam toda a polinização necessária para o desenvolvimento das plantas. Os colonizadores espanhóis trouxeram as abelhas domésticas para as Américas com o intuito de aumentar a produção de mel. Embora muitas pessoas achem que as abelhas domésticas são benéficas, elas tecnicamente são uma espécie invasora.
   Infelizmente, se as abelhas domésticas entrarem em extinção, seria difícil para as abelhas selvagens assumirem as funções delas na polinização de plantações de alimentos. Existem algumas razões para isso:
  • as fazendas de hoje geralmente são de monocultura -- elas usam bastante terra para cultivar um único tipo de plantação. Grandes colônias de abelhas domésticas são boas para polinizar esses tipos de plantações. As abelhas solitárias são melhores para polinizar plantas mais variadas e em áreas menores;
  • o uso de pesticidas e a perda do hábitat causou um grande declínio na população e na diversidade de abelhas solitárias e selvagens.
   Neste momento, não se sabe exatamente para onde foram as espécies de abelhas domésticas e como essa queda da população irá afetar o fornecimento de comida mundial. Embora essa diminuição possa não resultar na extinção repentina da raça humana, é provável que tenha, se continuar, um grande efeito sobre o que comemos.
   Para aprender mais sobre abelhas, mel e assuntos relacionados, confira os links na próxima página.
   


Abelha coletando pólen

Abelha coletando pólen

Fábrica de Esportes - Praia Grande - SP

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Duelo Odair x Adriano x Cléber x Kinoshita

Doce Favo Meu...

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Quadro de Ninho com Favo

Carro de Rally em Taboão da Serra - SP

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Joe, antes do Super Challenger , Junho 2010

Abelha Rainha

Abelha Rainha
Rainha ao centro