Apicultura

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sábado, julho 10, 2010

Artigo: O Pólen Apícola nos Esportes e na Terceira Idade


*   O Pólen Apícola nos Esportes e na Terceira Idade      *

(Resumo breve extraído pelo Apicultor e Pesquisador Sr. Jorge Yoshio Kinoshita Jr, da fonte: PÓLEN APÍCOLA, MESTRADO EM AGROECOSSISTEMAS, Pesquisador Vladimir Marques Vincenzi, CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS – UFSC, Florianópolis, SC, Março de 2004.)


   Uma das características deste trabalho é a fusão de duas áreas do conhecimento: a atividade física e as questões inerentes ao agroecossistema. Estas duas áreas do conhecimento tratam do mesmo assunto: a promoção da saúde. De um lado, a promoção da saúde é fomentada através da prática de exercícios adequados a este objetivo e, do outro, é protegida através de alimentos mais saudáveis, produzidos com menos impacto ao ambiente.

   Na Terceira Idade costuma-se lançar mão de artifícios para a manutenção do que resta de saúde, que vem, geralmente, se deteriorando ao longo da vida, (BURTON, 2004). Hoje, são mais variados os artifícios, indo de terapias ocupacionais até procedimentos evasivos de grande monta. O que unanimemente se fala é procurar manter a saúde da forma mais natural e menos dispendiosa, tanto financeira quanto energeticamente. Aqui aparece a atividade física como um forte aliado, mas também tem limitações e, muitas vezes, por si só, não é suficiente.

   O pólen apícola que, sendo uma substância de produção ecologicamente correta pode, ainda, ser mais uma fonte de renda para o agricultor através, da sua produção direta ou através do aluguel de colméias para a polinização das culturas, que têm sua produção aumentada, (SAMPAIO, 1991). O uso de pólen apícola promove alterações positivas em parâmetros físicos de idosas além das alcançadas com a atividade física orientada.

   O conceito de prevenção é tão antigo quanto à própria medicina. Mas, parece ter ficado arquivado durante muito tempo e, recentemente, vem sendo redescoberto. O conhecimento de substâncias naturais que, além de nutrir, apresentam um efeito terapêutico deveria ser generalizado. Não se consome aquilo que não se conhece e, em muitos casos, evitam-se problemas mais sérios com uma dieta adequada, (CHIA & WINN, 1998).

   Os nutracêuticos, como o pólen, própolis, geléia real e outros, ocupam uma posição de destaque, não só ao nível de indivíduo, como ao nível social, proporcionando, de forma natural, uma melhor qualidade de vida para os seus consumidores. Os métodos preventivos, geralmente são menos custosos e árduos que os curativos, além de manter o indivíduo em plena atividade produtiva o que, comumente, não acontece com os métodos tradicionalmente adotados. Atualmente, alguns laboratórios de fármacos e os profissionais responsáveis pela saúde pública estão se dando conta que a profilaxia apresenta uma série de vantagens em relação à cura, (JÚNIOR, 1999).

   O pólen é reconhecidamente um produto, não só curativo, como profilático, pois sua ingestão precoce e continuada minimiza as chances do desenvolvimento de uma série de complicações na média idade e idades mais avançadas (PARKHILL, 1996).

   De acordo com GOMES e FILHO, (1992) a atividade física, regular e realizada de forma correta é fundamental na condição de absorção de nutrientes. Uma pessoa que se exercita regularmente consegue aproveitar de forma mais eficiente o alimento que ingere. Isto sugere que utilizar alimentos em conjunto com a atividade física para um objetivo em comum pode acelerar esse processo, (ECKERT, 1993). Assim, a ingestão de pólen associado à atividade física, pode gerar um aumento na força e na qualidade da realização de tarefas do dia-a-dia, superior à utilização, apenas, da atividade física ou do pólen separadamente.
Existem duas qualidades físicas que normalmente decrescem após os 35 anos: a condição aeróbia e a muscular. A manutenção dessas qualidades físicas, dentro de índices aceitáveis, é indispensável para uma maturidade e um envelhecimento saudáveis, independentes e produtivos. O declínio dessas duas valências físicas colocam as pessoas num quadro de dependência, já que a sua liberdade de ir e vir está fundamentada na condição de autolocomoção. A autolocomoção, por sua vez, depende de uma condição mínima de força suficiente para, com segurança, deslocar o corpo de um lado para outro realizando suas atividades vitais. A condição cardiorrespiratória, por sua vez, será responsável pelo fornecimento de energia necessária para a concretização dessas tarefas. É como se a força fosse o motor e a condição cardiorrespiratória o combustível que colocará este motor em movimento.

   O pólen é o gameta masculino das flores. Pequeno grânulo de dimensões microscópicas, em média 50 micra, (MCLELLAN, 1994), produzido pelas anteras situadas no extremo dos estames. O pólen apícola é diferente do pólen das plantas porque a abelha aglutina-o com a saliva, formando pequenos grãos que são fixados nas corbículas (cestas das patas traseiras) para que possa ser transportado até a colméia. Como a saliva da abelha é rica em enzimas, aminoácidos e vitaminas, quando misturada ao pólen, faz com que este passe a possuir uma qualidade e quantidade de substancia diferente da do pólen contido nas flores
(PCHELOVODSTVO, 1999).

   É um alimento-remédio para o ser humano, sendo uma fonte de nutrientes e um alimento preventivo e auxiliar na cura de algumas enfermidades. Sua produção não gera qualquer tipo de contaminação ao ambiente e não apresenta contra-indicações para o ser humano. Assim, o pólen é uma das principais substâncias oferecidas pela natureza a ser pesquisada, pois muitos dos seus efeitos benéficos para o ser humano, ainda estão por ser descobertos. Lembra-se ainda, que o pólen é uma substância natural não processada. É uma das mais ricas em qualidade e quantidade de nutrientes. Há uma sinergia entre elas que favorece a sua utilização pelo organismo humano. Há no mercado diversos complementos alimentares com princípios isolados, que não exercem com eficiência a função para qual foi elaborado, por serem excessivamente processados e não apresentarem uma correta sinergia de nutrientes em sua composição. AZEVEDO (2003), a respeito deste assunto, relata que a tecnologia na produção de alimentos oferece conforto e facilidades, mas gera também, insegurança e desequilíbrio na qualidade do alimento. Já as abelhas têm, no pólen, sua única fonte de proteína, importantíssimo, por exemplo, para o desenvolvimento das larvas e manutenção da saúde da rainha. A função do polinizador é a de fecundar as flores. Esta é uma das tarefas que a abelha contribui muito, como no caso da polinização de pomares de frutíferas e outras plantas de importância econômica. A produção de pólen tem uma conseqüência muito útil para a natureza, que é a complementação da polinização. Isto é interessante para a agricultura, já que a abelha pode aumentar significativamente a produção, por exemplo, de laranja, maçã e de outras plantas (CAMARGO, 1992). Colocando abelhas em pomares de laranja, por exemplo, conseguiu-se um aumento de até 36% na produção, enquanto em macieiras, além de considerável aumento na produção, foi provado que houve maior peso por unidade e melhor formato das frutas. Este fato é de relativa importância, não somente por aumentar a renda do produtor como também a produção por área cultivada o que reduz a necessidade de novas áreas para ampliar a produção significando uma diminuição no impacto ambiental.
  
   O "pão das abelhas" é utilizado como única fonte de proteína, desde o período larval, até o final da vida das abelhas. Além do material protéico, o pólen contém 30% a 40% de três tipos de açúcares: glicose, frutose e dextrina. Sendo açúcares simples, têm digestão rápida e o organismo os absorve imediatamente. Por isso são excelentes para os que necessitam de energia prontamente disponível. A dextrina, por sua vez, embora sofra digestão no intestino tem, também, assimilação rápida. O pólen tem ainda celulose, a fibra com estrutura química de carboidrato que estimula o funcionamento intestinal. Seu conteúdo em gorduras é de 5% a 14% e os teores de vitaminas e minerais são expressivos (HANSSEN, 2000). As vitaminas lipossolúveis estão presentes no pólen. Uma delas é a vitamina A que, segundo citação do especialista soviético N. Iorich 1990, apud. SAMPAIO, 1991, tem-se que, em 100 gramas de pólen de lírio, encontra-se 250 mg de caroteno (provitamina A), enquanto na mesma quantidade de cenoura, a melhor fonte vegetal desse nutriente, há 1100 mcg. Essa vitamina, como se sabe, desempenha papel no crescimento e funções endócrinas em geral, formação do esmalte dental, integridade da pele, mucosas e saúde dos olhos. O pólen contém ainda vitamina D, indispensável para a absorção dos minerais como cálcio e fósforo, (que garantem ossos e dentes fortes), vitamina E, protetora dos aparelhos reprodutores masculino e feminino, auxiliar na absorção de vitamina A e antioxidante.

Relação de vitaminas e minerais presentes no pólen apícola e suas principais funções no organismo humano:
   Vitamina B1 Indispensável para o equilíbrio nervoso e liberação da energia proveniente de carboidratos.
Vitamina B2 Vital para o metabolismo das proteínas.
Vitamina B5 Por suas propriedades vasodilatadoras exerce importantes funções no sistema nervoso central.
Vitamina B6 Favorece o crescimento e combate a anemia.
Vitamina B9 Atua na formação dos componentes do sangue e na divisão celular.
Vitamina B12 Forma e regenera as células vermelhas do sangue.
Vitamina C Estimula as funções de defesa do organismo e fortalece os capilares, evitando hemorragias.
Biotina - Participa do metabolismo de carboidratos e gorduras.
Ácido pantotênico - Essencial para a formação, manutenção e funcionamento dos tecidos.
Cálcio e fósforo Fundamentais na formação de ossos e dentes.
Potássio Regula a concentração de líquidos nas células; auxilia as atividades cardíaca, endócrina e muscular.
Silício Indispensável para a integridade do tecido conjuntivo.
Manganês Favorece a atividade das glândulas genitais e os movimentos musculares.
Enxofre É o mineral que garante a elasticidade dos tecidos. Evita a esclerose das articulações, protege o fígado e destrói as células desgastadas.
Magnésio Presente nos músculos e ossos, ativa enzimas do metabolismo de carboidratos e proteínas.
FONTE: CORNEJO, 2003

   O pólen desidratado em relação ao pólen in natura apresenta como principal diferença o percentual de umidade. A desidratação do pólen se faz necessária para que este possa se tornar mais estável e se conservar a temperatura ambiente. O percentual de umidade do pólen in natura pode chega a mais de 20%, o que o torna bastante instável a temperaturas superiores a 15oc, onde sua degradação pode ser iniciada já no segundo dia após sua coleta da gaveta do caça pólen. O percentual de umidade desejado no final da desidratação é de 7%, podendo variar de 5% até 9%, dependendo da utilidade final dele. A desidratação deve ser lenta e a temperatura não superior a 42oc.

   Características do pólen desidratado
Característica especificação
Aspecto granulado
Diâmetro 1,25 a 3,20 μm
Forma esférica, oval e ou achatada
Cor predominante laranja, preto, bege e amarelo esverdeado
pH de 4,7 a 6,00
Umidade: máximo 9% (pólen desidratado, ideal 7%)
(ÁVILA, 1990).

   Suas funções como regulador orgânico, antioxidante, fortalecedor do sistema imunológico, complemento alimentar e a provável contribuição que a ingestão diária e continuada dele tem para melhorar algumas qualidades físicas não se deve apenas a qualidade e quantidade destas substâncias, mas também a sinergia que existe entre elas no pólen apícola. Pois existem substâncias que para exercerem o papel que lhes é próprio, dependem de outras associadas a ela.

   Composição geral e de aminoácidos essenciais do pólen apícola desidratado em 100g do produto:
COMPOSIÇÃO  CONCENTRAÇÃO  AMINOÁCIDOS ESSENCIAIS CONCENTRAÇÃO
Proteína bruta                      10 a 33                       Arginina                                   4.4 a 5.7
Lipídeos                               de 1 a 14                   Histidina                                   2.0 a 3.5
Carboidratos                         de 30 a 40                 Isoleucina                                 4.5 a 5.8
Cinzas                                  de 2 a 7                    Leucina                                    6.7 a 7.5
Água                                    de 5 a 10                  Lisina                                       5.9 a 7.0
Ácido lático                           3                             Metionina                                 1.7 a 2.4
Minerais                               de 1 a 7                    Fenilalanina                              3.7 a 4.4
                                                                            Triptofano                               1.2 a 1.6
                                                                            Treonina                                  2.3 a 4.0
                                                                            Valina                                      5.8 a 6.0


   Composição vitaminas e minerais do pólen apícola desidratado em 100g do produto.
VITAMINAS         CONCENTRAÇÃO       MINERAIS     CONCENTRAÇÃO
Biotina                               0.19 a 0.73                 Potássio               20 a 45
Vitamina E                         0.1 a 0.3                    Magnésio               1 a 12
Vitamina D                        0.2 a 0.6                    Cálcio                     1 a 15
Ácido fólico                       3.4 a 6.8                     Cobre                0.05 a 0.08
Ácido nicotínico                 37.4 a 107.7                Ferro                 0.01 a 0.03
Ácido pantotênico                3.8 a 28.7                  Silício                     2 a 10
Piridoxina                            2.8 a 9.7                   Fósforo                   1 a 20
Riboflavina                          4.7 a 17.1                 Cloro                       0.8
Inositol                                3.0 a 31.3                 Manganês                1.4
FONTE: HERBERT, 1995

   Obs: o pólen apícola tem um pH em torno de 4,5. O conteúdo protéico do pólen apícola apresenta uma concentração e proporção de aminoácidos adequados às necessidades humanas. Em torno de 50% das substâncias construtoras contidas no pólen apícola dispensam a digestão, pois estão na forma de aminoácidos livres e podem ser absorvidas diretamente no intestino (HERBERT, 1995).

   O pólen é um dos poucos alimentos de origem vegetal que garante todos os aminoácidos essenciais à dieta humana. Entretanto, como a quantidade ingerida é mínima, há necessidade de uma dieta complementar para suprir as demandas qualiquantitativas. O médico espanhol Jorge Sintes Pros 1992, apud. BOLUN & CHONGIX, 1994, enumera as mais destacadas ações do pólen: graças aos minerais presentes em sua composição, especialmente ferro, combate a anemia; a vitamina B1, niacina e carboidratos diminuem a fadiga e debilidade orgânica; além disso, ótimo regulador intestinal. Já o cientista sueco Alain Caillas 1994, apud. BOLUN & CHONGIX, 1994, relata a sua utilidade contra infecções da próstata. Na Suécia encontra-se à venda o medicamento Tchernilton, à base de pólen, para prevenir afecções da próstata. Outra pesquisa diz respeito às suas propriedades antibióticas. O professor Remy Clauvin 1992, apud. BOLUN & CHONGIX, 1994, concluiu que a ação antibiótica provém da saliva da abelha e atinge especialmente as salmonelas, bactérias intestinais causadoras das febres tifóide e paratifóide, além de salmoneloses e
gastroenterites.

   Experiências do psiquiatra espanhol R. Llopis Paret 1994, apud. BOLUN & CHONGIX, 1994, revelam que pacientes com síndromes depressivas tratados com pólen demonstraram melhoras já a partir do décimo dia; alcoólatras também apresentaram reações positivas. Assim, conforme demonstrado por esses autores citados, o pólen puro ou associado ao mel, apresenta inúmeras vantagens nutritivas, agindo como um estimulante biológico de diferentes funções orgânicas. Atua como tonificante, revitalizaste e euforizante, recuperando as forças, o apetite e a capacidade intelectual. Favorece o aumento da taxa de hemoglobina, atuando de forma benéfica em casos de anemia, particularmente em crianças. Favorece a recuperação rápida das forças para as pessoas fatigadas e em convalescença. Ao pólen é atribuída a capacidade de retardar o envelhecimento. Como o pólen aumenta a taxa de conversão de alimentos, tem sido usado, com sucesso, como  suplemento alimentar de atletas, em casos de crescimento retardado, na senilidade e  astenia. Entre as vitaminas contém rutina (que fortalece e dilata os capilares, veias e artérias, combatendo a arteriosclerose e auxiliando o sistema respiratório), (BOLUN & CHONGIX, 1994). Enfim, de acordo com vários autores, o pólen leva a um aumento da vitalidade e da disposição para enfrentar as adversidades do dia-a-dia, desintoxicando, regulando e fortalecendo o organismo humano.

   Segundo WIESE 1992, o pólen apícola pode ser consumido de diferentes formas conforme o que se deseja. Como preventivo e complemento alimentar: tomar uma colher de sobremesa pela manhã e outra à noite, de preferência quinze minutos antes das principais refeições. Como coadjuvante nos tratamento de algum distúrbio: tomar três colheres de sobremesa ao dia de preferência quinze minutos antes das principais refeições. Para facilitar seu uso e também seu sabor: indica fazer um composto de mel com pólen a 20% e tomá-lo como adoçante.

   O pólen pode ser consumido com mel, em saladas, com sucos, leite, iogurte, com cereais, (deixando dissolver embaixo da língua), ou conforme o gosto. Não deve ser aquecido ou misturado a substâncias quentes e nem exposto à claridade.

   A ingestão diária do pólen não dever ser superior a 15g, pois um consumo superior a este não resulta em ganhos para o organismo. Em casos extremos, como recuperação de uma cirurgia de grande monta, ou um estado de fraqueza crônica, admite-se um consumo superior a 15g por dia. A recomendação para o consumo de pólen é de 10g a 15g por dia para adultos, de 4g a 6g por dia para crianças de 3 a 5 anos, de 8g a 13g por dia para crianças de 6 a 12 anos e de 20g até 40g por dia em caso de enfermidade.

   A ação do pólen sobre o organismo humano não é rápida, nem abrupta, mas sim progressiva. Trata-se de uma ação sobre o metabolismo que começa a se manifestar positivamente após duas a três semanas de uso contínuo. Em geral, é recomendada a utilização contínua de pólen durante no mínimo 30 dias, intercalado com igual período de descanso. Como tratamento, recomenda-se o uso contínuo por um período de três meses. A utilização por longos períodos acarreta excelente regularidade orgânica e não tem contra-indicações. Mesmo pessoas que manifestam alergias ao pólen transportado pelo vento, dificilmente apresentam reações ao pólen coletado pelas abelhas (TREVISAN, 1993).

   Foram assistidas e avaliadas alunas matriculadas no primeiro e segundo semestres de 2003, assíduas às aulas do Projeto de Extensão de Atividade Física e Dança para a Terceira Idade (PEAFDTI), no Centro de Desportos da Universidade Federal de Santa Catarina (CDSUFSC), na faixa etária de 60 a 80 anos, num total de 500 alunas. Este grupo foi escolhido devido às facilidades de desenvolvimento da pesquisa. Não houve necessidade de reunir as pessoas, organizar as turmas, marcar dias e horários de encontros, bem como o local onde a pesquisa seria realizada. O grupo já existe a mais de 15 anos e desenvolve atividades variadas, dentre elas a atividade física orientada, já com dias horários e turmas estabelecidas.

   A amostra era composta por três grupos que se constituíam por integrantes de uma única turma do (PEAFDTI / CDS-UFSC), que realizava atividade física no mesmo local, dias e horários. Os grupos eram formados por 12 mulheres cada, num total de 36 participantes.

   Critérios para a formação dos grupos:
GRUPO   VAR.  DEPEND.    VARIÁVEIS INDEP.  LOCAL   PERÍODO TRAT.   PERÍODO ESTUDO  DIAS


AF         Alterações na             Atividade física        CDS*         27 Março  2003       27 Março 2003              3ª e 5ª
              freqüência cardíaca    orientada                                       a 02 Set  2003         a 18 Nov 2003               das 07:30
              e tempos                                                                                                                                                      às 09:00.
              alcançados no teste
              da milha, equilíbrio
              dinâmico e força
             de membros inferiores
             e superiores.


AF+
PLACEBO    o mesmo              Atividade física         CDS*                idem                          idem                        idem
                                                    orientada e emprego
                                                    do placebo em
                                                    cápsulas



AF+
PÓLEN        o mesmo               Atividade física          CDS*                idem                          idem                        idem
                                                    orientada e emprego
                                                    do pólen em
                                                    cápsulas

* CDS: Centro de Desportos da Universidade Federal de Santa Catarina

Obs.: a idade mínima estabelecida para os integrantes da amostra foi de 60 anos. Esta faixa etária foi escolhida porque a Organização Mundial da Saúde (OMS, 1994), a indica como início da senescência, ou seja, aos 60 anos.

   De acordo com recomendações publicadas por PROS, (2002) o pólen deve ser ingerido três vezes ao dia de 15 a 30 minutos antes das refeições, numa dose mínima de 6g ao dia. O pólen apícola e o placebo eram ministrados via oral, em cápsulas gelatinosas de 600mg, com a ingestão de quatro cápsulas, três vezes ao dia, 20 minutos antes das principais refeições (café da manhã, almoço e janta). A quantidade de pólen apícola ou placebo por dose foi de 2,4 gramas. Assim, em cada dia tinha-se uma ingestão de 7,2 gramas de pólen apícola ou placebo, o correspondente a 12 cápsulas. As cápsulas foram preparadas pelo laboratório Phytomare, em Governador Celso Ramos –SC.
  
   Visto que a recomendação de PROS, (2002) não é específica para idosos e estes, geralmente, apresentam maior dificuldade na metabolização de nutrientes pelo organismo, a ingestão diária foi um pouco acima da recomendada. Outro fator, de relativa importância, é que o pólen utilizado no estudo foi primeiramente pulverizado para ser encapsulado, gerando uma maior disponibilidade para o organismo do seu conteúdo ativo. É que a pulverização rompe a camada de palatina que reveste os grânulos de pólen, que é um fator limitante de seu aproveitamento pelo organismo humano, quando consumido “in natura”, (HERBERT, 1995).

   Instrumentos de Medidas:
Teste de equilíbrio dinâmico.
Este teste é muito recomendado para avaliar a agilidade em idosos. Consiste em percorrer um determinado percurso no menor tempo possível, (MATSUDO, 2000).
Teste da força de membros inferiores.
Este teste tem sido recomendado como uma alternativa prática para medir diretamente a força de membros inferiores em pessoas idosas (RIKILI & JONES, 1999) apud. MATSUDO, (2000). O teste consiste, basicamente, em sair de uma cadeira da posição sentada, até ficar totalmente de pé e então retornando a posição inicial.
Teste da força de membros superiores.
Esta variável foi verificada através do teste de flexão de membros superiores. Basicamente deve-se realizar o maior número de flexão do braço sobre o antebraço em 30 segundos. Neste estudo o avaliado realizou as flexões segurando um peso de 1 kg. O teste da força de membros superiores foi desenvolvido de acordo com o modelo proposto por MATSUDO, (2000).
Teste da freqüência cardíaca e tempo alcançados no teste da milha (componente aeróbio).
Para a verificação desta variável foi utilizado o teste da milha que, de acordo com MAZO et. al., (2001) é o mais utilizado para os idosos. Consiste em caminhar uma milha (1609 m), no menor tempo possível. Ao completar a percurso, verificava-se imediatamente o tempo para percorrer a milha e a freqüência cardíaca atingida. Com o cruzamento da freqüência cardíaca com o tempo gasto para percorrer a milha, determina-se, de acordo com os gráficos por idade e sexo, o nível de condição aeróbia do indivíduo.
Teste da força de preensão manual.
Este teste foi proposto por SESSA & SOARES, (1995). Consiste em pressionar com a mão, movimento semelhante ao aperto de mão, determinada local do aparelho. Devem-se realizar duas verificações em cada mão e anotar a média das duas. O resultado é apresentado diretamente por kg, na escala do aparelho.
Entrevistas
Foi aplicado um roteiro de entrevista para controle de algumas variáveis intervenientes e estratificação da amostra onde se determinou:
Hábitos alimentares
Nível de atividade física
Entrevista preliminar

   As coletas dos dados foram divididas em três baterias, sendo a primeira realizada no início da pesquisa, a segunda no final do período de intervenção das variáveis independentes, com um período total de 160, e a terceira 77 dias após o final do tratamento. A verificação freqüência cardíaca e tempo alcançados no teste da milha (componente aeróbio), foram realizadas na pista de atletismo CDS-UFSC. A verificação do componente força muscular e equilíbrio dinâmico foram realizados no Laboratório de cineantropometria CDS-UFSC.

   NOTA:
1-Testemunha AF, alteração significativa da coleta 1 para a coleta 2 com diminuição do desempenho voltando ao estágio inicial na coleta 3.
2-Testemunha AF + PLACEBO, sem alterações significativas.
3-Tratamento AF + PÒLEN, alteração significativa da coleta 1 para a coleta 2 com melhora do desempenho voltando ao estágio inicial na coleta 3.

   A) Comparação entre as coletas:
Para o grupo tratamento (AF + PÓLEN) ocorreu uma redução significativa na média do tempo para a realização do teste durante o tratamento, ou seja, da primeira para a segunda observação. Isto indica uma melhoria significativa no rendimento físico. Já 77 dias após ter sido cessado o tratamento ocorreu um aumento significativo na média, demonstrando que, com a interrupção do tratamento a condição física do grupo, voltou a mesma condição em que se encontrava antes de iniciar o tratamento. Para o grupo testemunha 01 (AF) e testemunha 02 (AF + PLACEBO) não ocorreram alterações significativas entre as observações.

B) Comparação entre os tratamentos:
A comparação entre os tratamentos apresenta uma diferença significativa entre as médias da segunda observação quando contrastado o grupo tratamento com os dois grupos testemunhas. Embora esta diferença já exista no início do tratamento, o que, caso não houvesse, provocaria uma significância ainda maior na diferença entre o grupo tratamento e os grupos testemunhas.
C) Resultado:
Estes resultados sugerem que no grupo tratamento (AF + PÓLEN), ocorreu uma melhoria significativa no equilíbrio dinâmico em comparação aos dois grupos testemunhas (AF e AF + PLACEBO), apresentando um alfa de Pr > F = 0,0839.

   Força de membros inferiores.
Registradas diferenças médias em função das três coletas: coleta 1 no início do tratamento, coleta 2 no final do tratamento, ou seja, 160 dias após a primeira coleta e coleta 3 realizada 77 dias depois de cessado o tratamento, para os três tratamentos: AF, AF + PLACEBO e AF + PÒLEN. Existem diferenças entre tratamento antes de se ter efeito de tratamento, mas estas diferenças aumentam quando se compara a média obtida para os dois grupos testemunhas em relação ao grupo tratamento na segunda coleta. De uma relação de 19,34 (grupo tratamento) para 20,21 (grupos testemunhas) e 21,75 (grupo tratamento) para 20,09 (grupo testemunha), mesmo o resultado da primeira coleta para o grupo tratamento estando abaixo do resultado da primeira coleta para os dois grupos testemunhas.

   NOTA:
1-Tratamento AF, sem alterações significativas.
2-Tratamento AF + PLACEBO, sem alterações significativas.
3-Tratamento AF + PÒLEN, alteração significativa da coleta 1 para a coleta 2 com melhora do desempenho. Da coleta 2 para a coleta 3 sem alteração significativa.

A) Comparação entre as coletas
Para o grupo tratamento (AF + PÒLEN) houve uma alteração significativa da primeira para a segunda coleta, onde ocorreu um aumento na média entre as observações, representando uma melhoria na condição de força para este grupo o que pode indicar o efeito do pólen apícola no grupo tratamento. Já da segunda para a terceira coleta não houve uma alteração significativa na média, embora esta tenha reduzido. Isto pode significar que o efeito do tratamento ainda se mantinha e que uma quarta coleta num período maior poderia revela uma resposta bem próxima à média da primeira coleta. Para os dois grupos testemunhas 01 (AF) e 02 (AF + PLACEBO) não houve alterações significativas entre as observações.

B) Comparação entre os tratamentos
No início do tratamento não há diferença significativa entre o grupo tratamento e os grupos testemunhas. Esta diferença vai existir na comparação da média da segunda coleta, reforçando a colocação de que existe um possível efeito do pólen apícola sobre a força de membros inferiores para o grupo tratamento em relação às testemunhas. Isto poderia ter sido melhor evidenciado caso as médias dos três tratamentos estivessem mais próximas do que estão na coleta 01.conforme consta na figura 12.

C) Resultado:
O pólen apícola pode ter interferido significativamente na melhoria da força de membros inferiores para o grupo tratamento em relação aos dois grupos testemunhas apresentando um alfa de Pr > F = 0,0877.

   Força de membros superiores
Registradas diferenças médias em função das três coletas: coleta 1 no início do tratamento, coleta 2 no final do tratamento, ou seja, 160 dias após a primeira coleta e coleta 3 realizada 77 dias depois de cessado o tratamento, para os três tratamentos: AF, AF + PLACEBO e AF + PÒLEN. Os resultados demonstram uma redução significativa para a segunda coleta de dados no grupo testemunha dois (AF + PLACEBO). Esta redução é em função de três resultados para o grupo muito abaixo da média dos demais resultados para este mesmo grupo e coleta. Os resultados são: 15, 20 e 21.

   NOTA:
1-Tratamento AF, sem alterações significativas.
2-Tratamento AF + PLACEBO, alteração significativa da coleta 1 para a coleta 2 com diminuição do desempenho voltando ao estágio inicial na coleta 3.
3-Tratamento AF + PÒLEN, sem alterações significativas.

   A) Comparação entre as coletas
Com relação aos resultados obtidos para a força de membros superiores o único grupo que apresentou um comportamento diferenciado foi o grupo que recebeu apenas atividade física e placebo, apresentando uma redução na média de força no grupo da primeira para a segunda coleta, sendo que, da segunda para a terceira coleta, estes valores voltaram para bem próximo do estado inicial.

B) Comparação entre os tratamentos
Existe uma diferença entre tratamentos na segunda coleta entre os grupos testemunhas 01 e 02, mas esta alteração foi no sentido contrário ao desejável, ou seja, ela representa uma diminuição média da performance do grupo testemunha 02 na realização do teste de força de membros superiores em relação a segunda verificação.

C) Resultado
Os resultados demonstram que não houve efeito do pólen apícola para o grupo tratamento com relação à variável força de membros superiores, com um alfa de Pr > F = 0,2592.

   Tempo para a realização do teste da milha.
Registradas diferenças médias em função das três coletas: coleta 1 no início do tratamento, coleta 2 no final do tratamento, ou seja, 160 dias após a primeira coleta e coleta 3 realizada 77 dias depois de cessado o tratamento, para os três tratamentos: AF, AF + PLACEBO e AF + PÒLEN. O contraste entre as médias do grupo tratamento em relação aos grupos testemunhas aumenta da primeira para a segundo coleta. Na primeira coleta esta diferença é de 22,41 indo para 131,5 na segunda coleta.

   NOTA:
1-Testemunha AF, sem alterações significativas.
2-Testemunha AF + PLACEBO, sem alterações significativas.
3-Tratamento AF + PÒLEN, alteração significativa da coleta 1 para a coleta 2 com aumento do desempenho voltando ao estágio inicial na coleta 3.

   A) Comparação entre as coletas
Para o grupo tratamento ocorreu uma redução significativa no tempo para a realização do teste da milha durante o tratamento, ou seja, da primeira para a segunda observação. Já da segunda para a terceira observação, observa-se uma inversão da curva, indicando um aumento significativo do tempo para a realização do teste da milha colocando a média da terceira observação bem próxima da primeira. Isto pode indicar que após a segunda observação, onde o tratamento foi cessado, ocorreu uma perda da performance adquirida durante o tratamento. Nos dois grupos testemunhas ocorreram alterações, não significativas, da primeira para a segunda observação, indicando uma perda de performance para a realização do teste.

B) Comparação entre os tratamentos
Existe diferença significativa entre o grupo tratamento e as duas testemunhas apenas entre as médias da segunda observação, onde se verifica mais uma vez o possível efeito do pólen apícola no grupo tratamento.

C) Resultado:
Os resultados indicam que o pólen apícola teve efeito significativo na melhoria do tempo para a realização do teste da milha para o grupo tratamento em relação aos grupos testemunhas, apresentando um alfa de Pr > F = 0,0063 .

   Freqüência cardíaca atingida no final do teste da milha.
Registradas diferenças médias em função das três coletas: coleta 1 no início do tratamento, coleta 2 no final do tratamento, ou seja, 160 dias após a primeira coleta e coleta 3 realizada 77 dias depois de cessado o tratamento, para os três tratamentos: AF, AF + PLACEBO e AF + PÒLEN. O importante é o cruzamento da variável tempo para a realização do teste da milha e freqüência cardíaca atingida no final do teste da milha.

   NOTA: Não houve alterações significativas para nenhum dos tratamentos.

   A) Comparação entre as coletas
O grupo tratamento foi o único que apresentou uma redução na freqüência cardíaca, mas sem significância estatística. Nos demais grupos teve-se um aumento na freqüência cárdia que também não foi significativa. Este comportamento pode indicar que o período de tratamento foi insuficiente para que o tratamento tivesse um efeito significativo nesta variável.

B) Comparação entre os tratamentos
Existe diferença significativa na observação 01 entre o grupo tratamento e o grupo testemunha 01, mas esta se mantém ao longo das observações sendo mais evidente entre as médias da segunda observação. Já o contraste entre o grupo tratamento e o grupo testemunha 02 indica uma diferença significativa entre os tratamentos apenas na segunda observação, o que indica que houve efeito de tratamento quando comparado este dois grupos. Caso as médias observadas na primeira coleta estivessem mais próximas, poderia ocorrer uma diferença significativa entre o grupo tratamento e as duas testemunhas para a segunda observação.

C) Resultado:
Não houve efeito de tratamento para a variável freqüência cardíaca atingida no final do teste da milha, apresentando um alfa de Pr > F = 0,5528.

Força de preensão manual direita.
A figura 16 registra as diferenças médias em função das três coletas: coleta 1 no início do tratamento, coleta 2 no final do tratamento, ou seja, 160 dias após a primeira coleta e coleta 3 realizada 77 dias depois de cessado o tratamento, para os três tratamentos: AF, AF + PLACEBO e AF + PÒLEN. A força de preensão manual tanto direita quanto esquerda tratasse de uma valência física bastante específica. A não confirmação da hipótese com relação a esta variável por ser atribuída ao fato de tal valência física não ser trabalhada no grupo envolvido no estudo.

NOTA: Não houve alterações significativas para nenhum dos tratamentos.

   A) Alterações entre as coletas
Neste caso não ocorreram alterações positivas significativas entre as coletas. Apenas para o grupo testemunha 02 ocorreu uma diminuição significativa na média da primeira para a segunda observação, o que significa uma redução de performance para a realização deste teste, provavelmente em função das diferenças das condições em que foram realizadas as duas observações.

B) Alterações entre os tratamentos
Não ocorreram alterações significativas entre os tratamentos

C) Resultado:
Não houve efeito de tratamento para a variável preensão manual direita, apresentando um alfa de Pr > F = 0,2573.

Força de preensão manual esquerda.
A figura 17 mostra as diferenças médias em função das três coletas: coleta 1 no início do tratamento, coleta 2 no final do tratamento, ou seja, 160 dias após a primeira coleta e coleta 3 realizada 77 dias depois de cessado o tratamento, para os três tratamentos: AF, AF + PLACEBO e AF + PÒLEN.

   NOTA: Não houve alterações significativas para nenhum dos tratamentos.

A) Alterações entre as coletas
O comportamento dos grupos para esta variável foi muito parecido. Isto indica que não houve ganho ou perda significativa de força em nenhum dos grupos da primeira para a segunda coleta e da segunda para a terceira coleta de dados.

B) Alterações entre os tratamentos
Não ocorreram alterações significativas entre os tratamentos.

C) Resultado
Não houve efeito de tratamento para a variável preensão manual esquerda, apresentando um alfa de Pr > F = 0,3311.

   CONSIDERAÇÕES FINAIS
A utilização de um alfa igual a 10% se deu por alguns motivos, como o tamanho da amostra que foi bastante reduzido em relação à população. Uma amostra maior poderia induzir uma redução do alfa. O número de indivíduos na amostra segundo BARBETA, (1995) para a população que serviu como referência neste estudo, que era de N = 500, deveria ser de n = 84 indivíduos, o que daria 28 indivíduos por tratamento, três vezes mais do que o que foi conseguido, isto para um E0 de 10% (0,1). Se fosse utilizado um E0 de 5% (0,05) o número de indivíduos na amostra deveria ser de 222 pessoas. Atingir um E0 de 10% com uma amostra três vezes menor que o ideal é bastante interessante. Este número de participantes na amostra poderia ser reduzido se a amostra tivesse sido estratificada, mas a participação nos grupos foi por interesse, o que não possibilitou a estratificação. Esta foi realizada dentro da amostra para distribuir os participantes nos tratamentos. Outro motivo de relevância é que o presente estudo inicia as pesquisas numa área ainda pouco explorada, sendo, que este, serve como um indicativo e não uma afirmação categórica, de que a ingestão de pólen via oral junto com a prática orientada e sistematizada de atividade física aumenta a performance para as habilidades especificamente trabalhadas com esta atividade. O aprimoramento deste estudo para o nível de desenvolvimento de um produto a base de pólen apícola para ser utilizado como um recurso hergogênico poderia requerer uma confiabilidade nas respostas superior às apresentadas neste trabalho. Não se teve um número maior de participante por amostra devido as dificuldade de se conseguir voluntários e os altos custos que isto significaria, inviabilizando a pesquisa.

   Pode-se admitir que o uso do pólen durante o período de 160 dias surtiu um efeito no sentido de melhorar a condição equilíbrio dinâmico, força de membros inferior e freqüência cardíaca e tempo alcançados no teste da milha, com o resultado do tempo para a execução do teste da milha, acima das alterações alcançadas, apenas com a atividade física. O pólen apícola serviu, assim, como um recurso hergogênico, resultando na melhoria dessas qualidades físicas para o grupo envolvido no estudo. Essas melhorias não foram evidenciadas em membros superiores porque os indivíduos não receberem um programa de atividade física consistente, como no caso dos membros inferiores. Para a freqüência cardíaca obteve-se valores de Pr > F muito próximos do aceitável. Provavelmente um tempo de tratamento mais prolongado ou uma amostra com um número maior de participantes por grupo, poderia tornar o resultado deste tratamento também significativo.

   Como o grupo que recebeu pólen apícola já praticava a atividade física regular, em média há mais de dez anos, a sua condição de adaptação às solicitações impostas pelo programa que se desenvolve no PEAFDTI, já não existia mais. O pólen apícola entrou como uma variável a mais no sentido de melhorar as condições físicas dos indivíduos da amostra, além do que já se tinha alcançando apenas com a atividade física. Os resultados obtidos só foram possíveis graças ao cruzamento da variável atividade física controlada e a administração de pólen apícola via oral, pois o uso isolado da variável atividade física não apresentou qualquer alteração no sentido das que foram verificadas com este estudo.

   Isto indica que o pólen apícola teve efeito como potencializador das características já pré-desenvolvidas pela atividade física.  Toda e qualquer substância que é utilizada para melhorar a performance pode ser considerada como um recurso hergogênico Os recursos hergogênicos só se justificam quando utilizados em conjunto com um programa de atividade física ou treinamento adequado. Caso contrário, não se verificará nenhuma resposta positiva com relação à melhoria da performance.  A terceira observação, realizada 77 dias após ter cessado o tratamento, serviu para confirmar que as alterações ocorridas durante o tratamento foram em função da variável independente pólen apícola, pois os resultados médios para cada variável dependente ficaram bem  próximo dos resultados da primeira observação, que foi realizada imediatamente antes de iniciar o tratamento.

   Uma avaliação das razões das alterações ocorridas em função do pólen pode ser realizada no intuito de identificar quais as substâncias ou prováveis substâncias que causaram as alterações identificadas neste estudo. Isto pode servir como base para o desenvolvimento de remédios ou complementos alimentares específicos, a partir do isolamento destas substâncias e sua manipulação para o consumo humano. A repetição deste trabalho pode vir com uma tese de doutorado, onde se procurará não cometer os mesmos erros e atribuir uma maior confiabilidade aos valores o que dará suporte para o desenvolvimento de produtos com o intuito de potencializar os efeitos benéficos da atividade física adequadamente conduzida.

   COMPOSIÇÃO DO PÓLEN
Os níveis de vitaminas em 100g de pólen apícola são os seguintes:
Vit A .......................50 mg,
Vit B1 .........................10mg
Vit B2..........................10 mg
Vit B3 ..........................20mg
Vit B5 ........................120 mg
Vit B6 ............................5mg
Vit C ............................80 mg
Colina .........................690mg
Vit E ...........................100mg
Vit P .............................50mg

Além de vitaminas o pólen apícola contém:
Ácidos graxos 23,6%, Ácido Linoléico 39,4%, Carboidratos 38,2% dos quais 31% é açúcar total e 7,2% celulose, Proteína de 10% a 35%. Há vestígios de 15 elementos no pólen os quais são necessários ao organismo humano, que são: ferro, iodo, cobre zinco, manganês, cobalto, molibdênio, selênio, cromo, níquel, estanho, estrôncio, boro, flúor e vanádio. Os níveis de flavona são de 2,54g para 100 g, sendo que os compostos flavonóides têm funções de prevenir as arterioscleroses, diminuir os níveis de colesterol, aliviar a dor e proteger de radiações.

UTILIDADES DO PÓLEN
O pólen é recomendado para ser consumido por pessoas que têm problemas com: visão, envelhecimento cerebral, anemia, aparelho digestivo, cardiovascular e urinário, hormônios sexuais e prostatismo. Também regula a flora intestinal, regenera a hemoglobina e os glóbulos vermelhos e por conseqüente, uma melhor oxigenação do sangue e dos tecidos. Possui a surpreendente facilidade de regular as secreções das glândulas endócrinas. Por isso é o único nutriente da PRÓSTATA, proporcionando seu rejuvenescimento. O pólen deve ser consumido diariamente, porque pode fornecer todos os aminoácidos necessários ao metabolismo biológico, assim trará ao homem benefícios no: HUMOR, DISPOSIÇÃO, VITALIDADE E DIMINUIÇÃO DO ENVELHECIMENTO CEREBRAL.

Abelha coletando pólen

Abelha coletando pólen

Fábrica de Esportes - Praia Grande - SP

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Duelo Odair x Adriano x Cléber x Kinoshita

Doce Favo Meu...

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Quadro de Ninho com Favo

Carro de Rally em Taboão da Serra - SP

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Joe, antes do Super Challenger , Junho 2010

Abelha Rainha

Abelha Rainha
Rainha ao centro